Fracassaram as manobras do Governo que tentou esvaziar o movimento dos estudantes acenando com um "diálogo tardio"na audiência do TJ. A mídia jornalistica chegou a anunciar o fim da reorganização para "enganar" os estudantes das escolas ocupadas mas não obteve êxito e as ocupações cresceram ainda mais nos últimos dias.
O movimento ganha o apoio de todo Brasil e caminha para um grande "boicote" a menina dos olhos do governo,ou seja a prova do SARESP.
No embalo do movimento muitos acreditam que as ocupações podem crescer no inicio da semana após o feriadão e sindicato de professores chama paralisação nos próximos dias para preparar uma greve geral na educação paulista.
Alunos já ocupam mais de 90 escolas em todo o Estado
Por: Redação (pauta@abcdmaior.com.br)
Estudantes, pais e professores seguem à espera de uma resposta do governador Geraldo Alckmin (PSDB)
O número de ocupação de escolas em São Paulo já está se aproximando da casa dos três dígitos. O movimento, protagonizado por alunos e professores insatisfeitos com o processo de "reorganização" escolar promovido pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), já contabiliza 91 escolas ocupadas em todo o Estado.
De acordo com estimativa da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo), o número deve crescer entre este domingo (22/11) e a segunda-feira (23/11), já que novas instituições, como a E. E. Emygdio de Barros, no Butantã, Zona Oeste da Capital, também foram tomadas neste feriado de Consciência Negra.
Alunos da E. E. Santinho Carnevale ocupam instituição em Ribeirão Pires. Foto enviada pelo leitor Renan Moraes
No ABCD, são 15 escolas ocupadas: sete em Santo André, quatro em Diadema, duas em Mauá, uma em São Bernardo e uma em Ribeirão Pires (a E. E. Santinho Carnevale, ilustrada na foto ao lado enviada pelo leitor Renan Moraes).
As escolas Dezesseis de Julho (Santo André), Homero Silva (Diadema) e Maria Aparecida Damo Ferreira (Mauá) foram as mais recentes da Região a serem tomadas pelos alunos, que cobram mais diálogo do governo do Estado com a população.
Número de escolas ocupadas em SP chega a 74
Estudantes ocupam
escolas paulistas em protesto contra a reorganização proposta pelo governo
paulista
22 NOV2015
09h25
O número de escolas
estaduais ocupadas por estudantes em São Paulo chegou a 74 no último sábado
(21). A informação foi confirmada pela Secretaria da Educação do estado. Na
sexta-feira (20), o número de escolas ocupadas totalizava 67.
Os estudantes ocupam
escolas paulistas em protesto contra a reorganização proposta pelo governo
paulista. O projeto da secretaria prevê o fechamento de 94 escolas e a
transferência de cerca de 311 mil estudantes para instituições de ensino da
região onde moram, já a partir do início do próximo ano.
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
O objetivo da
reorganização, segundo a secretaria, é segmentar as unidades em três grupos
(anos iniciais e finais dos ensinos fundamental e médio), conforme o ciclo
escolar. “Eu estou no [colégio] Fernão Dias [no bairro de Pinheiros, zona
oeste] no noturno, e vão tirar. E eu não sei para onde eu vou. Na Pompeia [zona
oeste], onde eu moro não há escola. Essa aqui é a mais próxima e vão fechar o
noturno”, disse a porta-voz dos estudantes que ocupam o colégio Fernão Dias
Paes, que se identificou apenas como Tainã, do ensino médio.
O colégio permanecia na
tarde de hoje ocupado pelos estudantes. Eles controlam o acesso ao prédio, e
permitem a entrada apenas de alunos ou pais. Diferentemente do que ocorreu nas
últimas semanas, quando a polícia cercou o local, hoje não havia presença de
policiais. “Eles argumentam que os cursos que vão ser fechados têm poucos alunos.
Mas aqui no Fernão deve ter ao menos uns 800 alunos no noturno. Na
minha classe tem 65 alunos”, disse a porta-voz. No local, as aulas normais
estão suspensas. Os alunos que ocupam a escola organizam “aulas públicas”, com
professores convidados. A tema da aula de hoje seria processo histórico.
Na
última quinta-feira (19), terminou sem acordo a reunião de conciliação do
secretário da Educação do Estado de São Paulo, Herman Voorwald, com
representantes dos estudantes que ocupam escolas paulistas em protesto contra a
reorganização proposta pelo governo paulista.
No encontro, ficou
acertado que haverá uma audiência de conciliação, nos próximos dias. Por
enquanto, estão suspensas todas as ações de reintegração de posse nas escolas
do estado. Herman Voorwald apresentou propostas para que os alunos desocupem as
escolas. Ele disse que a secretaria vai distribuir para os estabelecimentos de
ensino todo o material sobre as mudanças e, além disso, fará audiências
públicas, com participação de integrantes da comunidade, para discutir a as
modificações.
Voorwald disse que os
estabelecimentos, após receberem o material, terão um prazo de dez dias
para debater com a comunidade escolar e apresentar contrapropostas. Os
estudantes não concordaram com isso, e pediram um prazo maior: todo o ano de
2016. O secretário não concordou e manteve o prazo anterior.
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