Os últimos anos para o magistério em geral estão cada vez mais difíceis...como se não bastasse a preocupação com os salários defasados e as condições precárias de muitas escolas,para ser mais clara a grande maioria,pois aquelas que aparecem nas propagandas fazem parte de uma minoria escolhida a dedo para ser vitrine,a nova preocupação é o provão nacional.
As opiniões estão divididas, e a mesma história se repete,a categoria não participou das discussões que no mínimo deveriam ter sido abertas para ouvir as opiniões dos maiores envolvidos.ou seja,os professores.
Aliás fico pasma em ouvir que é papel da escola formar alunos cidadãos e nossos professores são descaradamente tratados como marionetes de governos municipais e estaduais e agora o governo federal faz esta proposta tão polêmica colocando os professores à margem da discussão.
A Secretaria da Educação de São Paulo que lançou a moda "prova e provão" está encontrando muitos problemas para conseguir professores para algumas disciplinas e escolas de periferia ,em alguns lugares a situação está um verdadeiro caos e ainda nem começou o rodizio daqueles que estão dando aula neste ano e não poderão dar aulas nos próximos, o problema da falta de professores habilitados em todas as áreas esta se alastrando por todas as escolas,afinal de contas, ser professor na atualidade deixou de ser uma carreira atraente e nem é mais valorizada como um bico,pois tem bico que paga muito mais não exige curso superior e não apresenta tantos problemas como as escolas.
Vejamos a matéria sobre o assunto:
Concurso nacional para professores é visto com 'preocupação' pela categoria
BRASÍLIA - A ideia do Ministério da Educação (MEC) de criar um Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente está sendo vista com 'preocupação' pela categoria. O modelo funcionará de forma semelhante ao novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio): os professores farão a prova e as secretarias de educação - municipais e estaduais - poderão utilizar a nota para selecionar os profissionais que irão trabalhar na rede pública de ensino.
Para o presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Roberto Leão, a ideia é 'em tese' interessante porque contribui para a formação de uma carreira nacional do magistério, antiga revindicação da categoria. Ele teme, entretanto, que o novo instrumento sirva para criar rankings nacionais de avaliação dos docentes.
- Isso é muito preocupante e nós não concordamos. Esse projeto deveria ter sido melhor discutido, ele não foi debatido como deveria - critica. Alguns estados utilizam a avaliação de desempenho de alunos e de professores para estabelecer políticas de bônus ou aumento de salário para aqueles docentes que obtêm o melhor resultado, o que os sindicatos são contra.
- Os estados e municípios não podem culpar o professor por todos os problemas da educação - diz.
Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, não há intenção de criar rankings. Ele destaca ainda que as notas obtidas pelo professores não serão divulgadas o que afasta a possibilidade de classificação.
- O resultado é um exame exclusivo do professor - diz à Agência Brasil. Haddad ressaltou que o exame "é endereçado a pessoas que queiram ingressar na rede, não para quem já está na rede pública", por isso não há porquê os professores que já estão atuando temerem a avaliação.
- A não ser que o professor queira mudar de rede porque, por exemplo, está insatisfeito com o seu salário. O objetivo do projeto é ampliar o horizonte do profissional. E uma prova é obrigatória para a entrada no concurso público - afirma.
Em 2011, a prova será destinada a docentes que tenham interesse em trabalhar com alunos dos primeiros anos do ensino fundamental e da educação infantil. O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) será responsável pelo exame.
A matriz dos conteúdos que serão cobrados na prova estará disponível para consulta pública no site do Inep ainda essa semana. Professores, universidades, estados e municípios podem opinar sobre o modelo da prova durante 45 dias. Logo depois, terá início o período de adesão das redes de ensino.
Haddad acredita que o instrumento pode ajudar a melhorar as condições salariais dos professores da rede pública.
- O objetivo é aumentar o salário do professor, porque o professor bem formado vai ser disputado. Todo mundo quer atrair para sua rede os professores que tenham condição de mudar a realidade da escola pública do Brasil. Todo o projeto visa a valorização da carreira - defende o ministro.
Fonte:http://oglobo.globo.com/
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