quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Covid-19 pode se espalhar mais facilmente nas escolas do que se pensava.

Professor desinfeta mesas em sala de aula para receber alunos  em Munique, na Alemanha - Getty Images

Professor desinfeta mesas em sala de aula para receber alunos em Munique, na AlemanhaImagem: Getty ImagesDo UOL, em São Paulo 05/08/2020 15h56.

Covid-19 pode se espalhar mais facilmente nas escolas do que se pensava. 
Um relatório do CDC (sigla para Centros de Controle e Prevenção de Doenças), principal órgão de saúde dos Estados Unidos, indica que o novo coronavírus pode se espalhar mais facilmente nas escolas — em um cenário de volta às aulas — do que se pensava até aqui e alerta para os riscos de uma reabertura escolar.
As crianças, mesmo assintomáticas, podem desempenhar um papel importante na transmissão comunitária da covid-19, segundo destaca hoje o The Guardia.
Exemplos do que ocorreu recentemente no estado da Geórgia (EUA) e em Israel levaram à conclusão. 
A afirmação do CDC contradiz vários estudos anteriores, nos quais o consenso parecia ser que as crianças raramente transmitem o vírus entre si ou para outras pessoas.
Nesta semana, 260 funcionários em um dos maiores distritos escolares da Geórgia foram impedidos de entrar em suas escolas para planejar a reabertura porque eles tinham o vírus ou estavam em contato com um indivíduo infectado. 
A interdição ocorreu após a divulgação de que mais de 200 adolescentes de um total de 600, também na Geórgia, foram infectados enquanto participavam de um acampamento de verão (no hemisfério norte).


Fonte :https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/08/05/covid-19-pode-se-espalhar-mais-facilmente-nas-escolas-do-que-se-pensava.htm?utm_source=facebook&utm_medium=social-media&utm_campaign=noticias&utm_content=geral&fbclid=IwAR14pNl23Ht2zlCRpznIqcoT6fYdohY5m5D0656e9LBGZJnl4nhu6hXHx4s

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domingo, 19 de julho de 2020

A Inclusão Digital Não Inclui Pessoas Com Deficiências

A inclusão de pessoas com deficiências não se limita a matriculá-los, mas dá apoio necessário para que esses se desenvolvam ativamente, tanto cognitivamente, como na linguagem, na sua autonomia, habilidades, identidade e conhecimento contextualizado do mundo.
A Relatoria Especial sobre a Liberdade de Expressão do Conselho de Direitos Humanos da ONU reconheceu o acesso à internet como um direito humano previsto no artigo 19.3 do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos.
O acesso à internet deixou de ser um benefício de economias desenvolvidas para se tornar um direito básico, como fornecimento de água limpa e luz. O distanciamento social decorrente da pandemia de coronavírus, por sua vez, acentuou a relação das pessoas com a internet para fins profissionais, educacionais, sociais, assistenciais, econômicos e comerciais.

4,8 milhões de crianças e adolescentes brasileiros não têm acesso á internet

O direito á internet, no Brasil, não chega aos 4,8 milhões de crianças e adolescentes, na faixa de 9 a 17 anos. Este não têm acesso à internet em casa. Eles correspondem a 17% de todos os brasileiros nessa faixa etária. Os dados, divulgados na semana passada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
A pesquisa mostra que, entre aqueles que não têm acesso à internet em casa, alguns conseguem acessar a rede em outros locais, como escolas, telecentros ou outros espaços. Isso antes da adoção de medidas de isolamento social no país. As informações foram coletadas entre outubro de 2019 e março de 2020.
Aqueles que não acessam a internet de nenhuma forma, no entanto, chegam a 11% da população nessa faixa etária. A exclusão é maior entre crianças e adolescentes que vivem em áreas rurais, onde a porcentagem daqueles que não acessam a rede chega a 25%.

Se a inclusão digital ainda é ineficaz para milhares de estudantes, imagina como estão os estudantes deficientes?

Os artigos 9.1 e 21, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da Relatoria Especial sobre a Liberdade de Expressão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, consagram a acessibilidade da internet às pessoas com deficiência.
Entretanto, as desigualdades, nesse processo ainda ineficaz de Inclusão Digital, são sentidas de forma mais excludente, em especial, por jovens e crianças que possuem algum tipo de deficiência. Pois os aparelhos eletrônicos, na maioria das vezes, não são planejados para as especificidades das necessidades. E mesmo aqueles aparelhos que são adequados, quem pode pagar por eles?
A adolescente Laís Queiroz, 17, que estuda em um colégio conveniado em Goiânia, Goiás, conta que além do prejuízo no conteúdo, a grande exposição às telas faz mal para a pressão de seus olhos. Ela tem albinismo ocular.
Amanda Freitas, (nome fictício) que trabalha em um colégio estadual, também em Goiânia, relata que os maiores prejudicados com as aulas on-line, são aqueles alunos que têm comprometimento intelectual. “Esses alunos precisam de professores de apoio e como no momento eles não estão tendo, acabam fazendo nada, pois os pais também não conseguem fazer esse acompanhamento”.

Que tal presentear uma pessoa com deficiência, com um computador?

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 6,2% dos brasileiros declara ter alguma deficiência. Seja ela física, auditiva, intelectual ou visual. Ainda de acordo com o IBGE, a deficiência que mais atinge os brasileiros, é a visual. Aproximadamente 3,6% da população. No entanto, a deficiência física é a que se sobressai entre estudantes de universidades. Cerca de 43.633 mil de um universo de 8,45 milhões.
O Brasil tem mecanismos para promover a inclusão social e digital às pessoas com deficiência: leis, produção tecnológica especializada, centros de pesquisa em acessibilidade. Porém, existem poucos pontos públicos de acesso à internet preparada para receber deficientes. Essa discussão tem tantas implicações que não seríamos capazes de esgotá-las num só artigo, como foi o exemplo do Enem 2019 que excluiu ferramentas de acessibilidade para cegos.
É verdade que não conseguiremos evitar que injustiças como essas aconteçam, mas sempre poderemos falar abertamente sobre elas, inculcar reflexões e sugerir gestos de bondades, como, por exemplo, presentear um estudante deficiente com um computador. Certamente há muitos estudantes com necessidades específicas próximo de você. Olhe para eles.
Texto de Juliana Santelli, estudante de jornalismo na PUC-GO. Especial para o Portal Raízes

A Pandemia Nos Mostrou Que Os Professores São Insubstituíveis




No Brasil, as aulas estão suspensas em todos os estados para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. A medida não é exclusiva do país. No mundo, de acordo com os últimos dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que monitora os impactos da pandemia na educação, 188 países determinaram o fechamento de escolas e universidades, afetando cerca de 1,6 bilhão de crianças e jovens, o que corresponde a 91,3% de todos os estudantes no mundo.
Segundo dados do Censo Escolar, em 2019 havia 47,9 milhões de alunos matriculados na educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) em todo o país, nas redes pública e particular.  Com tantos estudantes em casa, algumas instituições de ensino tentam manter as aulas e as lições a distância. O que tem representado um desafio hercúleo para os pais (especialmente para as mães), que já estão sobrecarregados com todas as mudanças que a situação impôs; com as preocupações com o financeiro, com o estresse, com a desesperança,  com as incertezas quanto ao futuro e, especialmente, com a não preparação para ‘ocupar’ o lugar de educadores dos filhos.

“Reproduzir o modelo de aula presencial em uma situação à distância não funciona”

Disse Garcia, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) A entidade é favorável ao uso de tecnologias da informação, mas avalia que é importante respeitar as formas do estudante aprender.
Sem aprofundarmos muito nas questões políticas, na falta de investimento na educação; na realidade de que milhões de crianças e jovens não têm acesso á internet (muitos sequer acesso á escola); de que o desemprego cresceu exponencialmente com o isolamento social e, por isso, muitos nem voltarão ás aulas… vamos nos agarrar, por hora, nas experiências enviadas por nossos leitores.
Temos recebidos várias mensagens de mães e pais nos contando como têm lidado com o aprendizado dos filhos. A maioria diz que as maiores dificuldades são: estabelecer uma rotina; conseguir o respeito dos filhos quando ao que está sendo ensinado; lidar com a tecnologia (seja celular ou computador); lidar com o conteúdo enviado pelos professores; ter paciência com ‘a preguiça’, o desinteresse, e erros apresentados… Muitos afirmam que estão esgotados físicos, mental e emocionalmente, e não são poucos que, ás vezes, perdem a paciência ao estremo de chorar, xingar, gritar e até agredir os filhos.

O lado positivo da experiência

Tivemos lados positivos também, é claro. Alguns bons exemplos são:
  • A importância das regras e do lúdico no processo de construção da autorregulação da criança;
  • A relevância excepcional do espaço escolar para o sociointeracionismo, como facilitador de seu desenvolvimento integral das crianças;
  • O papel dos pais na educação do filhos: não é a escola que deve ajudar os pais na educação dos filhos, é o contrário;
  • A importância da tecnologia no processo ensino-aprendizagem;
  • O valor da junção escola, pais, tecnologia;
  • A interação dos pais com a escola e os professores: ambos se esforçado para garantir o melhor ensino-aprendizagem para os pequenos;
  • A importância de lutarmos uma educação pública de qualidade, integral e politécnica.

A pandemia nos mostrou que os professores são indispensáveis e insubstituíveis

Descobrimos por meio da prática trazida pela pandemia de Covid-19, que nem o computador com acesso á internet, nem a boa vontade dos pais em conjunto com a escola, puderam sequer nos fazer refletir, na possibilidade de que os professores poderiam, ou poderão, um dia, ser substituídos pelo ensino – unicamente – á distância.
Os professores são as criaturas mais necessárias e úteis da Terra. Deviam ser tratados com muito respeito e deferência. O professor sabe que sua missão é ensinar, compartilhar conhecimento, propagar informação, fazer o outro crescer, mostrar caminhos, dar as mãos, conduzir ao desejo e ao encantamento pelo saber, pelo pensar,  criar vínculos, se aproximar e compreender o outro.  Para que isto funcione bem, faz-se necessário estabelecer, além da didática, uma pedagogia do amor, muito mais complexa, que não exige apenas seu desenvolvimento cognitivo, mas também suas habilidades socioemocionais, oriundas de boa saúde mental.
Precisamos nos preocupar com a saúde mental dos professores e lutarmos por políticas públicas que priorizam a educação: conquanto, 1 em cada 3 professores no Brasil está com depressão. No ano de 2017, até setembro, houve 27.082 afastamentos de docentes. O receio quanto ao futuro como docente é dos gatilhos ao desencadeamento de transtornos mentais graves do tipo depressão, transtorno bipolar, crises de ansiedade e síndrome do pânico. Dentre estes, o mais grave é a depressão, pois mais de 90% das pessoas que optaram pelo suicídio apresentaram quadros agudos de depressão.

E depois da pandemia?

O governo federal determinou que as instituições de ensino estão isentas de cumprirem o mínimo de 200 dias letivos, mas manteve a carga horária, de 800 horas, necessária para completar o ano de estudo. Entretanto, para o presidente da Undime, é preciso flexibilizar essa regra na educação infantil, que inclui creches e pré-escolas, e discutir a medida com os conselhos de educação, já que não se sabe quanto tempo vai durar a suspensão das aulas. Essa etapa também precisa ficar de fora da regulamentação de educação à distância, segundo Garcia.
“A educação infantil é o cartão de entrada dessa criança na vida escolarizada. Se não formos eficazes agora, nós estamos condenando uma criança a uma vida inteira de uma impressão ruim da escola. A escola é interação, troca de experiência, é aprendizagem constante uns com os outros. Vamos assumir esse papel, essa pandemia é um momento de aprendizagem, não vamos atropelar e colocar a frieza da lei acima do bom senso”, ressaltou o professor
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais. Para o ensino médio, poderá acontecer por meio de convênios com instituições de educação à distância. E para a educação infantil, não há essa previsão, mas há a expectativa, em meio às ações de enfrentamento da pandemia, de que o ensino a distância seja estendido também a essa etapa para validação da carga horária obrigatória.
Artigo organizado pela psicopedagoga, escritora e psicanalista Clara Dawn. Especial para o Portal Raízes. As informações técnicas são da Agência Brasil

quarta-feira, 10 de junho de 2020

A PANDEMIA MOSTROU QUE AS ESCOLAS BRASILEIRAS NÃO POSSUEM RECURSOS PARA ENSINO ONLINE

Os profissionais da educação sempre denunciaram que a inclusão digital nas redes publicas sempre foi um projeto para "inglês ver" e a Pandemia escancarou esta situação ,pois a necessidade do ensino  online provocou uma grande correria nas secretarias de ensino espalhadas pelo país.
No meio da confusão geral ,os professores colocaram a mão na massa e mais uma vez salvaram a escola pública,garantindo aulas online aos alunos.
Foi um grande esforço ,precisaram se desdobrar em planejar aulas com um novo formato,mas os professores superaram o desafio didático do ensino a distância e mesmo  sem nenhuma formação técnica para isto , venceram as limitações tecnológicas de  servidores caseiros,dificuldades de lidar com aplicativos e recursos disponíveis na internet para chegar até seus alunos e garantir o ano letivo.
A quarentena revelou que nossos professores e professoras da rede pública  são profissionais capazes de se reinventar e transformar a realidade de tal forma que cada casa se transformou em uma sala de aula.
Ser professor neste país é com certeza ter a capacidade de apontar caminhos mesmo que o horizonte esteja demasiadamente escuro,é plantar a esperança de que existe luz no final do túnel .


Maioria das escolas brasileiras não tem plataformas para ensino online


Dados são da pesquisa TIC Educação 2019



Publicado em 09/06/2020 - 13:20 Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

ensino online, educação a distância

https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-06/maioria-das-escolas-brasileiras-nao-tem-plataformas-para-ensino-online#
A maioria das escolas do país não possuía plataformas específicas para o ensino online e grande parte dos estudantes não tinha, em casa, acesso aos equipamentos adequados para acompanhar disciplinas de forma remota, pela internet. Esse é o cenário do Brasil até o final do ano passado, poucos meses antes da suspensão das aulas presenciais devido a pandemia do novo coronavírus (covid-19), de acordo com a pesquisa TIC Educação 2019
A pesquisa mostra que 28% das escolas localizadas em áreas urbanas têm ambiente ou plataforma virtual de aprendizagem. Essa porcentagem é maior entre as escolas privadas, 64%. O número aumentou em relação a 2018, quando 47% das particulares possuíam esse serviço. Já entre as públicas esse percentual, que era 17% em 2018, caiu para 14% em 2019. 

Acesso

Entre os estudantes, 83% daqueles de escolas urbanas têm acesso a rede. Essa porcentagem cai para para 78% na Região Nordeste e para 73% na Região Norte. Em casa, 41% têm computador portátil, 35% computadores de mesa e, 29%, tablet. Ao todo, 18% dos estudantes acessa a internet exclusivamente pelo celular. Essa porcentagem é maior considerando apenas os estudantes de escolas públicas, 21%, e considerando a Região Norte, 26%, e Nordeste, 25%. Nas particulares, apenas 3% acessam a internet exclusivamente pelo celular. 
Nas escolas rurais, a realidade é diferente, 40% das escolas têm ao menos um computador com acesso à internet. Apenas 9% acessam a rede por meio de outros dispositivos. 
A pesquisa mostra também que 33% dos professores de escolas urbanas afirmam ter recebido formação sobre computador e internet recentemente. Já 79% dizem que a ausência de curso específico para o uso dessas tecnologias nas aulas dificulta o ensino. 
“Muitos alunos, professores e escolas estavam fazendo uso de sistemas e plataformas virtuais para troca de conteúdo, mas a gente verifica muitas diferenças e desigualdades. Muitas escolas não estavam preparadas e muitos professores não estavam preparados para esse momento de ensino remoto”, disse a coordenadora da pesquisa, Daniela Costa. “Esse é um momento emergencial, está se fazendo o que é possível. Escolas, pais, alunos estão tentando encontrar estratégias para que [o ensino] aconteça”, acrescentou. 

Uso das redes 

A pesquisa mostra que, aos poucos, a internet já vinha ganhando espaço na educação. Cerca de um a cada três professores em escolas urbanas recebeu trabalhos pela internet, o que corresponde a 35% dos entrevistados. Quase a metade, 48%, tirou dúvidas pela rede e 51% disponibilizaram conteúdo na internet para os alunos. Considerando apenas as escolas públicas, 31% dos professores receberam trabalhos pela internet, 44% tiraram dúvidas e 48% disponibilizaram conteúdo nas redes. Nas privadas, esses percentuais são maiores, 52%, 65% e 65%, respectivamente. 
Entre os estudantes, o uso da internet é mais ou menos semelhante, 65% dos estudantes de escolas públicas e 66% de escolas particulares usaram a internet para fazer trabalhos escolares a distância. No entanto, apenas 27% dos estudantes de escolas públicas e 32% das particulares, usaram a rede para falar com os professores. 
A pesquisa mostra ainda que um a cada quatro estudantes, 24%, usou a rede para fazer provas ou simulados, e 16% para participar de cursos. O celular é o principal meio de acesso, 58% dos alunos de escolas urbanas e usuários de Internet utilizaram o telefone celular para realizar atividades escolares e 61% usaram o WhatsApp para esse fim. 
Se são poucas as escolas com plataformas específicas de aprendizagem, as redes sociais, por sua vez, ganharam mais espaço como ambiente de divulgação de ações da escola e conteúdos pedagógicos. Em 2016, 64% das escolas públicas urbanas possuíam perfil ou página nas redes. Essa porcentagem passou para 73% em 2019. Entre as particulares, essa porcentagem saltou, no mesmo período, de 85% para 94%. Entre 2016 e 2019, a porcentagem de instituições públicas urbanas cujos pais ou responsáveis utilizaram perfis ou páginas em redes sociais para interagir com a escola passou de 32% para 54%. 
“As redes sociais já vinham crescendo como espaço de troca entre escolas e famílias. Esses espaços, provavelmente, cresceram ainda mais [com a suspensão das aulas presenciais]. Muitos diretores adotaram grupos de WhatsApp e temos visto exemplos de lives [transmissões ao vivo] nas redes sociais sociais”, disse Daniela. 
Faltam, no entanto, orientações para o uso seguro da rede. Cerca da metade dos alunos (51%) afirmou que recebeu orientações de segurança e 40% que receberam orientações sobre o que fazer se alguma coisa incomodar na internet. Essa porcentagem cai para 36% entre os alunos do 5º ano do ensino fundamental, mais jovens.

Acesso a tecnologias

Para os pesquisadores, a pandemia trouxe questões importantes que precisam ser abordadas na hora de garantir o acesso à educação. “[Os governos] foram pegos de surpresa. Temos mais de duas décadas de políticas públicas, mas as políticas estavam focadas na tecnologia na escola, no uso dentro da escola. Agora que se levou a escola para dentro de casa. Muitas casas não estão preparadas, com conexão banda larga e dispositivos. As políticas precisam também olhar a inclusão dessas crianças no domicílio, que é espaço de ensino e aprendizagem”, explicou o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa. 
“Chegar aos alunos sempre foi mais complexo. Esse momento mostra a necessidade de se olhar para o uso de tecnologias para que passem a ser item de acesso à educação e não só item acessório”, acrescentou Daniela.

Pesquisa

Os dados foram coletados entre agosto e dezembro de 2019. Foram entrevistados presencialmente 11,4 mil estudantes, 1,9 mil professores, cerca de 1 mil coordenadores pedagógicos e 1 mil diretores de escolas urbanas. Foram entrevistados por telefone 1,4 mil diretores ou responsáveis por escolas rurais. A pesquisa foi feita com escolas públicas e privadas urbanas do 5º ao 9º ano do ensino fundamental e 2º ano do ensino médio e escolas públicas e privadas rurais de qualquer modalidade de ensino. Não participaram escolas federais.

Os impactos da pandemia dentro da educação e como evitar a evasão em nível superior


9 de junho de 2020

Esse ano, o Dia da Língua Portuguesa, celebrado em 10 de junho, traz inúmeras reflexões sobre o futuro da educação. Entre os temas, o provável aumento de índices de evasão escolar, entra com uma das principais consequências desse período prolongado de paralisação das atividades presenciais em salas de aula, por conta da pandemia.
Dados revelam, que países que passaram por crises similares, destacam maior risco de abandono e evasão escolar, além de impactos emocionais de curto e longo prazos, como o aumento da ansiedade e falta de concentração.
A nota técnica do Todos Pela Educação “O retorno às aulas presenciais no contexto da pandemia da Covid-19: contribuições para o debate público”, lançada no dia 7 de maio, ressaltou que para que responder esses desafios, as redes de ensino precisarão, necessariamente, envolver outros setores, especialmente a saúde, com atendimento psicológico para estudantes e professores, além da assistência social, em ações de prevenção e busca ativa a estudantes que apresentam risco de abandono, entre outras.
“Por conta da pandemia, somada ao isolamento social e a junção das atividades em home office, o desafio de manter os alunos engajados nos estudos é muito grande. As redes de ensino de todas as escalas e setores estão buscando alternativas para reduzir os prejuízos na aprendizagem de seus alunos”, comenta o CEO da fintech especializada em crédito para pós-graduação e MBA, Intersector, Kleber Câmara.

Financiamento como aliado

A taxa de evasão nas instituições de ensino superior (IES) continua muito preocupante no Brasil. Em 2018, a 8ª edição do Mapa do Ensino Superior, mostrou que a evasão dos cursos do ensino superior no país atingiu 30,1% na rede privada e 18,5% na rede pública.
Nos cursos de educação a distância (EAD), o índice chegou a 36,6% na rede privada e a 30,4% na pública.
De acordo com o último Censo da Educação (2017), disponibilizado pelo Ministério da Educação (MEC), a quantidade de alunos que abandonaram seus cursos ou trancaram a matrícula é alarmante. Em alguns cursos a taxa de evasão ultrapassou os 50%. 
As causas para os altos índices, seja na rede pública ou privada, são várias, mas entre elas: a vontade de trocar de curso, falta de recursos e assistência e incapacidade de conciliar o estudo com o trabalho.
Para Kleber, o impacto da evasão no ensino superior pode ser sentido também, fortemente, nas matrículas para as instituições que oferecem programas de pós-graduação. Segundo ele, em todos os níveis, as escolas de ensino superior e as de pós-graduação e MBA, devem desenvolver um sistema de comunicação e uma forma de checagem diária com cada aluno. “Além desses aspectos, é necessário que as instituições se aproximem dos alunos, se sensibilizando e mostrando que compreendem o difícil período.
É necessário abrir canais de comunicação para manter o aluno próximo e seguro, evitando o abandono”.

Ainda segundo o Censo, pelo menos 40% dos estudantes apontam as dificuldades financeiras como o principal motivo de abandono da sala de aula.
Atualmente, com a pandemia, além dos aspectos comportamentais, a incerteza sobre os aspectos financeiros, por conta da crise, devido ao momento de isolamento social e ao fechamento do comércio, muitos alunos já ficaram desempregados, elevando sua inadimplência.
É esperado que as escolas se depararem com novos e complexos desafios, que só poderão ser devidamente enfrentados se houver apoio de outras áreas, como o setor financeiro.
A Intersector, uma financiadora apoiada por um Fundo de Investimentos, acredita que a educação seja o único caminho para transformação da sociedade, oferece diversas soluções integradas para as instituições de ensino parceiras, desde o financiamento de seus programas de pós-graduação e MBA até estratégias para impedir/reduzir a evasão e a inadimplência, que serão os grandes desafios das instituições durante e pós-pandemia.
“A parceria com uma financiadora que ofereça taxas de juros menores, prazos maiores, parcelas mais acessíveis e sem a burocracia das instituições financeiras tradicionais, aumenta a captação de alunos para escolas, gera mais receita, possibilitando a antecipação de receita, além de minimizar a evasão e expandir as oportunidades de negócios. Além disso, contribui para que os alunos não desistam dos sonhos, permitindo que a escola foque naquilo que é a sua expertise, a educação”, ressalta o Kleber.
Se tornar uma escola parceira da Intersector e ampliar a captação de alunos é muito simples, ao contrário do que se pode imaginar.
É exatamente por facilitar a vida das instituições que desejam crescer que a fintech já ajudou diversas escolas em todo o país a aumentarem seu quadro em milhares de novos alunos e, consequentemente, sua receita.

“As instituições irão se deparar com desafios que só poderão ser enfrentados com o apoio de outras áreas e nós, da Intersector, estamos dispostos à ajudá-las, oferecendo propostas de financiamentos, com as menores taxas de juros e prazos mais longos, para que as alunos não desistam do sonho de conquistar uma pós-graduação na escola e curso que sempre sonhou”, finaliza o CEO.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Diretora pede a alunos "chicote do bom" para bater em professora negra.

Nossa !!!Parem este país que eu quero descer!!! Não basta o proliferar de declarações e falas absurdas  de pessoas influentes e até autoridades divulgadas nos meios de comunicação, uma diretora em uma sala de aula tem uma fala que  deixa claro o desejo de  ressucitar o castigo fisico para os negros. 
Em nota, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Alagoas manifestou apoio à professora e classificou o ato como injúria racial. "É inaceitável que atos discriminatórios e racistas continuem sendo praticados. Preconceito e segregação não podem mais ser tolerados", diz o texto....

Diretora pede a alunos "chicote do bom" para bater em professora negra.

Alunos protestaram após professora ser vítima de racismo em escola em Maceió - Arquivo pessoal
Alunos protestaram após professora ser vítima de racismo em escola em MaceióImagem: Arquivo pessoal

Carlos Madeiro
Colaboração para o UOL, em Maceió
05/02/2020 21h13
O aniversário de 25 anos da professora Taynara Cristina Silva ficará marcado na lembrança dela por toda vida. Na manhã de ontem, ao dar aula a jovens no Colégio Agnes, em Maceió, ela alega ter sido vítima de um ato de preconceito racial por parte da diretora e proprietária da instituição enquanto ministrava aula de redação a alunos do 3º ano do ensino médio. A professora é estudante do 6º período de Letras da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) e ensina gramática, redação e interpretação de texto desde 2017 no tradicional colégio da capital alagoana. Na manhã de hoje, Taynara fez um Boletim de Ocorrência denunciando o caso à polícia.

Leia a reportagem completa no site da uol 
O Sindicato dos Professores de Alagoas tamb... - Veja mais em https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2020/02/05/diretora-pede-a-alunos-chicote-do-bom-para-bater-em-professora-negra.htm?fbclid=IwAR3vYLLJ3ozVHg4jUfIIZ9R7QL6mKIRHcNBBouWWg5jigdeFddp9A_BW3l4&cmpid=copiaecola

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Com disciplinas como robótica e libras, escolas do futuro trazem proposta de educação inovadora

As inovações vão desde a organização do espaço físico até equipamentos como impressora 3D e uma proposta pedagógica que inclui ensino integral e temas transversais

Por Prefeitura Municipal de Florianópolis


Com disciplinas como robótica e libras, escolas do futuro trazem proposta de educação inovadora
PMF/Divulgação

A partir deste ano, Florianópolis dá o que a Prefeitura chama de “pontapé de partida” para um novo conceito de educação, através das duas unidades da Escola do Futuro, nos bairros Ratones e Tapera, que entram em funcionamento em fevereiro.
 Além de um espaço físico totalmente novo, os mil alunos do 1º ao 9º que serão beneficiados terão a oportunidade de estudarem em tempo integral, com uma proposta de ensino multilinguagens: inglês, letramento digital e a língua brasileira de sinais (Libras), que será disciplina obrigatória.

De acordo com o secretário-adjunto de Educação de Florianópolis, Luciano Formighieri, do 1º ao 5º ano o ensino será no período integral, com aulas de manhã e à tarde. Já do 6º ao 9º ano, os alunos terão a oportunidade de frequentarem atividades diferenciadas no contraturno, como clube de leitura, robótica, ciências, música ou diferentes tipos de esportes.
— A Escola do Futuro servirá de exemplo para a educação em todo o Brasil. Nossos estudantes, quando concluírem o ensino, estarão extremamente bem preparados, rumo ao ensino superior — destaca o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro.
A capital catarinense já é referência quando se trata de modelos de creches e, em breve, com essa proposta, a intenção é ser também modelo de qualidade da educação básica.
— Temos um primeiro desafio de atender a demanda, criar mais vagas e acabar com as filas, principalmente no Norte da Ilha, onde a população cresce todos os dias. Em paralelo, investimos em qualidade na educação, sempre avançando esta métrica. Por isso chamamos essas escolas de “pontapé de partida”, porque nosso desejo é que um dia todas as escolas sejam como estas — diz o secretário.

Múltiplas linguagens

O modelo de ensino segue uma proposta interdisciplinar, com uma integração entre criatividade e pesquisa para estimular a aprendizagem e a autonomia de cada estudante. A proposta multilinguagens, ou seja, com múltiplas linguagens, soma as disciplinas tradicionais, como Português e Inglês, a outras novas, como Língua Brasileira de Sinais (Libras) e o Letramento Digital.
O mundo digital não está relacionado apenas ao acesso ao computador ou à internet, mas aos modos de ler, escrever e interpretar informações, códigos e sinais verbais e não verbais com o uso de dispositivos digitais. Na prática, isso vai ocorrer por meio do estudo de temas transversais, ou seja, por um modelo de ensino em que todas as disciplinas dialogam entre si:
— Se tivermos aula sobre o Egito, por exemplo, eles vão estudar inglês sobre o Egito, vão fazer pesquisas na internet sobre o Egito, vão utilizar impressoras 3D para imprimir algo relacionado àquela região, e assim sucessivamente — explicou o secretário.

Tapera

Uma das unidades do programa é a Escola Básica Municipal Tapera, com capacidade para atender cerca de 520 estudantes: 420 do 1° ao 9° ano do ensino fundamental e outros 100 de Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA), no período noturno. No total, a unidade tem 5.455,20 m², com 12 salas de aula, para cinco turmas dos anos iniciais em tempo integral e outras oito turmas dos anos finais em tempo parcial.
Entre os espaços diferenciados estão o espaço maker, a sala de artes, sala de música, sala de tecnologias, sala multimeios, laboratórios e biblioteca, além de um ginásio de esportes, duas quadras esportivas e refeitório. 
O investimento total será de R$ 11 milhões e 785 mil.

Ratones

No bairro Ratones, a escola tem 5.627,56 m² de área construída, com 13 salas de aula, auditório, laboratórios, biblioteca, sala de expressão corporal, ginásio de esportes e quadra descoberta.
O prédio teve um investimento de R$ 12 milhões.