A Educação brasileira revela sua fragilidade em mais um índice educacional de abrangência internacional ,desta vez foi no relatório de Competitividade Global 2010 e 2011 que destaca grande avanço na inclusão , mas destaca a necessidade de se garantir uma educação com mais qualidade,principalmente no ensino inicial.
Veja o artigo:
Desníveis na educação brasileira
15 de Setembro de 2010
O sistema de ensino superior brasileiro foi classificado como relativamente bom, de acordo com o Relatório de Competitividade Global 2010-2011 divulgado no último dia nove.
Para o diretor-presidente do MBC (Movimento Brasil Competitivo), Erik Camarano, o levantamento indica também que o desempenho do país no ensino primário ainda é baixo e que precisa de investimentos.
“Há um processo que tem que ser olhado como uma etapa de inclusão das pessoas, como foi feito no Brasil, mas temos quer fazer o segundo salto e melhorar a qualidade do ensino e o desempenho desses estudantes”.
Nota do Brasil foi 4,3 neste ano contra 4,1, no ano passado.
Neste pilar, a melhor nota foi da Austrália que teve 149,3 (numa escala de 1 a 150) e a pior da Angola (17,3).
Para avaliar a educação, o estudo levou em consideração dados como taxas de matrículas, investimento na área, além do resultado de uma pesquisa de opinião feita entre os executivos de cada país que avaliaram a qualidade do sistema educacional, ensino de matemática e ciências, gestão das escolas, entre outros quesitos.
Redes de ensino pública e privada entraram na pesquisa.
Em educação primária e saúde (os dois itens foram avaliados conjuntamente) o Brasil teve nota 5,5 (em uma escala de zero a sete) e ficou na 87ª posição no ranking geral. Ao todo, foram avaliados 139 países.
Em 2009, neste quesito o país teve pontuação de 5,2 e 79ª posição no ranking.
Para os especialistas, o Brasil caiu no ranking, mas a nota melhorou.
O que significa que a educação brasileira avançou mas, os outros países melhoraram mais.
A melhor pontuação do ranking em educação primária foi da Finlândia (6,6) e a pior da Angola (1,5).
Baseado em 12 pilares de competitividade, o estudo fornece um retrato explicativo do cenário em todos os estágios de desenvolvimento.
Os pilares são: instituições, infraestrutura, ambiente macroeconômico, saúde e educação primária, educação superior e treinamento, eficiência do mercado de bens, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica, tamanho de mercado, sofisticação empresarial e inovação.
Na classificação geral, o Brasil ficou na 58ª colocação, caiu duas posições em relação ao ano passado.
O Brasil está na terceira colocação entre os países que compõem o Bric (sigla que se refere a Brasil, Rússia, Índia e China), atrás da China e da Índia.
O relatório aponta a Suiça como o país mais competitivo do mundo e os EUA caíram duas posições e passaram para o quarto lugar.
A Suécia ficou na segunda colocação e Singapura na terceira.
A China, em 27°, lidera o grupo de economias em desenvolvimento.
O Japão ficou em sexto lugar e Hong Kong em 11°.
Segundo Camarano, o levantamento mostra que a melhoria consistente da economia brasileira continua do ponto de vista da competitividade, o que indica que a tendência de mudança está na direção correta, mesmo com a perda de dois pontos ante a avaliação anterior.
“Parece que estamos perdendo uma corrida e na verdade o importante é verificar que a tendência está na direção correta, mas talvez a velocidade de mudança em alguns aspectos pudesse ser mais rápida”.
O ranking indicou ainda que o tamanho do mercado do Brasil ficou em décimo lugar, a sofisticação empresarial em 31º e a inovação em 42º.
O país aparece na pesquisa como o 50º setor financeiro mais desenvolvido e sofisticado da América Latina e como o 62º em infraestrutura razoável para os padrões regionais.
Também aparecem no relatório as taxas de poupanças baixas que ficam em 101º lugar, o spread bancário elevado (136º colocação), alto grau de endividamento público (84º posição).
Camarano afirmou que o relatório deve ser encarado a longo prazo por ser menos dependente das variações e mudanças políticas e é mais influenciado por mudanças na economia. “Nesse aspecto temos que ver os fatores em que estamos mais para trás, mas sabemos que não teremos resultados de um ano para o outro. Temos que começar e fazer isso rápido para fazer com outros países que tiveram desenvolvimento forte em educação e infrestrutura”.
Informações: Agência BrasilFonte: http://tribunadonorte.com.br/vestibular/desniveis-na-educacao-brasileira/159715
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