A SEGURANÇA NAS ESCOLAS É UM ASSUNTO QUE SEMPRE ESTEVE NAS PAUTAS DE REIVINDICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E DEPOIS DO MASSACRE DO REALENGO ESTÁ EM EVIDÊNCIA, DAI A NECESSIDADE DE SE DISCUTIR ESTE PROBLEMA QUE SE ARRASTA PELAS ESCOLAS PÚBLICAS HÁ DÉCADAS.
LEMBRAMOS AQUI, QUE DOS 23 MIL AGENTES CITADOS PELA SEE PAULISTA, MUITOS DESTES PROFISSIONAIS TRABALHAM EM SERVIÇOS BUROCRATICOS NAS SECRETARIAS DAS ESCOLAS ,SENDO A MINORIA DESTES QUE FAZEM O TRABALHO DE INSPETOR DE ALUNOS E SÃO SOBRECARREGADOS COM ATENDIMENTOS DE PORTÕES,NECESSIDADES DE ALUNOS ESPECIAIS,OBSERVAÇÃO DOS INTERVALOS,ETC. A RONDA ESCOLAR É RESPONSÁVEL POR VÁRIAS ESCOLAS,SENDO IMPOSSÍVEL COBRIR TODAS ESCOLAS AO MESMO TEMPO ,FALTAM VIATURAS E PROFISSIONAIS TREINADOS PARA LIDAR COM PROBLEMAS RELACIONADOS AO COTIDIANO ESCOLAR.
LEMBRAMOS TAMBÉM QUE OS AGENTES NÃO SÃO PROFISSIONAIS TREINADOS E NEM CAPACITADOS PARA FAZER SEGURANÇA EM ESCOLA,PORTANTO É EXTREMAMENTE NECESSÁRIO RETOMAR A DISCUSSÃO DA SEGURANÇA NAS ESCOLAS PUBLICAS DE SÃO PAULO EM UM FÓRUM MAIS AMPLO COM A PARTICIPAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO,ALUNOS,COMUNIDADE E SOCIEDADE...A SEGURANÇA DE NOSSOS FILHOS NÃO PODE SER RESOLVIDA COM
"PALIATIVOS"... BASTA DE VIOLÊNCIA!!!!
Elvis Pereira - O Estado de S.Paulo
Não é necessário ser aluno ou professor para entrar na Escola Estadual Professor Walfredo Arantes Caldas, na Brasilândia, zona norte de São Paulo.
Basta esperar o horário de entrada dos estudantes e se misturar a eles. Foi o que fez a reportagem no início da tarde de ontem.
Entrou, teve livre acesso aos corredores das salas repletas de crianças, circulou pelo pátio e saiu. Tudo sem ter de se identificar e sem ser abordado por nenhum funcionário.
Durante o horário das aulas, a reportagem também esteve em outras três escolas públicas: Espiridião Rosas, no Jaguaré, zona oeste; Mário Helena de Arruda, na Brasilândia, zona norte; e Ministro Costa Manso, no Itaim-Bibi, zona sul.
Nelas, foi possível chegar apenas até a secretaria. O pátio fica fechado, impedindo o acesso até as salas de aula.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação informou que "as escolas estaduais são equipamentos públicos abertos aos alunos, pais, professores e comunidade", que contam com o "apoio de 23 mil agentes para a entrada e saída dos estudantes" e que 1,5 mil escolas estaduais são monitoradas por câmeras.
A rede municipal de ensino, por sua vez, mantém inspetores nos períodos de entrada e saída de estudantes. No resto do dia, portões ficam fechados.
FONTE:http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110408/not_imp703419,0.php
FONTE:http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110408/not_imp703418,0.php
Ataque preocupa colégios de São Paulo
Apesar dos cuidados já adotados, escolas devem investir mais no controle do acesso às dependências para segurança de alunos e professores
Carlos Lordelo e Felipe Mortara - O Estado de S.Paulo
A tragédia causada pelo atirador na escola do Rio deixou diretores de colégios de São Paulo preocupados com a segurança.
O Colégio Agostiniano Mendel, no Tatuapé, zona leste, acelerou a contratação de vigilantes para controlar o acesso às dependências. "É crucial ter mais gente cuidando da entrada e saída de nossos estudantes", diz o coordenador do ensino médio, Luiz Felipe Fuke.
O professor afirmou que ninguém tem acesso livre à escola, com exceção dos estudantes uniformizados. "Os visitantes precisam se identificar na recepção. Nem os pais podem entrar sem autorização." Segundo Fuke nunca houve ocorrências graves envolvendo alunos no Mendel.
Já o Vértice vai manter seu esquema de segurança atual. "O que aconteceu no Rio nos deixou muito preocupados, mas nosso modelo de vigilância tem funcionado bem", disse o diretor Adilson Garcia.
O colégio do Campo Belo, zona sul, tem funcionários antigos na portaria e terceiriza o serviço de vigilância externa.
Agentes a pé e em carros fazem rondas nos arredores da escola, que também instalou câmeras em ruas vizinhas. Estudantes só entram de uniforme e ex-alunos têm horário determinado para visitas.
Para a diretora-geral do Rio Branco, Esther Carvalho, apesar da comoção do momento, é preciso "tranquilidade" para "refinar" os procedimentos de vigilância. "Vamos avaliar o que pode ser melhorado, mas não podemos entrar nesse clima de insegurança coletiva."
Na unidade Higienópolis, o colégio tem quatro seguranças na área externa e um vigilante na portaria, além de câmeras e inspetores de alunos.
Além dessas escolas, outras 12 não responderam ou não quiseram falar sobre seus esquemas de vigilância. Uma delas alegou que "o momento é delicado".
Rede pública.
O governo estadual divulgou nota no início da noite lamentando o incidente no Rio. Segundo a gestão Geraldo Alckmin (PSDB), os estabelecimentos de ensino têm apoio de 23 mil agentes que controlam a entrada e saída dos alunos, além do reforço da Ronda Escolar da Polícia Militar nos horários mais movimentados.
O secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, ligou a tragédia à universalização do ensino fundamental e médio no País. "A escola pública trouxe a sociedade para dentro dela e, consequentemente, incorporou muitos problemas sociais, antes estranhos ao ambiente escolar."
Também por nota, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) disse que são "corriqueiros" casos de violência nas escolas e no entorno. "No Estado de São Paulo, a vulnerabilidade decorre também da ausência de funcionários em número suficiente e da extinção de funções como a de porteiro e inspetores." O governo fala em "reorganização de funções".
A Prefeitura orientou ontem as Diretorias Regionais de Educação a reforçar os procedimentos de vigilância nas escolas municipais. Nas unidades, inspetores vigiam os acessos nos períodos de entrada e saída de alunos.
Risco.
Para Ulisses Nascimento, especialista em segurança de instituições de ensino, não dá para garantir segurança total à comunidade escolar. "Há dois fatores de risco principais: o meio externo - como o crime organizado - e o fator humano, que pode cometer erros", afirma. Ele diz que a tecnologia é importante, mas profissionais bem qualificados são imprescindíveis.
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