segunda-feira, 8 de agosto de 2011


EPISÓDIOS DE VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS ESTADUAIS PAULISTAS


O jornal O Estado de São Paulo publicou, em sua edição de 01 de agosto, página A/20, no caderno de Educação, que cerca de 62% das escolas estaduais de São Paulo registraram, em 2010, situações diversas de violência dentro do ambiente escolar, de acordo com relatos dos próprios diretores. 
São roubos, depredações, pichações, violência contra alunos, professores e funcionários e até brigas entre estudantes.
 A meta do governo é reduzir esse número para 52% até 2015.

O cenário atual e a meta a ser atingida constam do novo Plano Plurianual (PPA) para o período 2012-2015, ao qual o referido jornal teve acesso. 
O documento, que contém os objetivos e os investimentos até o próximo mandato, deveria ter sido concluído no final de julho, de acordo com o cronograma oficial. 
A previsão é de que o governador Geraldo Alckmin envie o projeto à Assembleia Legislativa ainda neste mês.

O PPA prevê, para amenizar as situações de roubos, depredações, pichações e violência física contra alunos, professores e funcionários, além das brigas entre estudantes, um orçamento total de R$ 573.578.940,00 para o período 2012-2015. 

Ora, estabelecer como meta, a redução de 62% das escolas estaduais de São Paulo com situações diversas de violência para 52%, até 2015, seria cômico, se não fosse trágico.
 Na opinião da professora Maria Alice Bicudo Soares, Tesoureira Geral do Centro do Professorado Paulista e Diretora da Secretaria de Comunicação da entidade (SECOM-CPP), o governo do estado está admitindo a sua incompetência e a sua falta de vontade política para resolver este sério problema que impede que os nossos alunos recebam a educação de qualidade a que têm direito pois, ao invés do professor se preocupar em ensinar, e o aluno, em aprender, ambos têm que viver sob o regime do medo da violência que pode alcançá-los, a qualquer momento, dentro de suas escolas, e a necessidade de estarem sempre alerta para se defenderem, por sua própria conta, de toda a sorte de agressões.

“A violência na escola precisa, com urgência, ser reduzida a índice zero.
Isto é o mínimo aceitável em qualquer sociedade que pretenda se dizer civilizada. 
E isto compete ao governo, que é responsável pela segurança da população, e, aí, incluem-se as escolas. Com prioridade, diga-se de passagem”, afirmou Maria Alice Bicudo Soares,  diretora da SECOM-CPP.

SECOM/CPP 

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