É UM ABSURDO O QUE ESTA ACONTECENDO COM A ALUNA ISADORA DE 13 ANOS QUE UTILIZOU A REDE SOCIAL PARA DENUNCIAR O "ABANDONO" DE SUA ESCOLA,POIS DEVIDO A REPERCUSSÃO DAS POSTAGENS ESTA SENDO DURAMENTE CRITICADA NA SUA UNIDADE ESCOLAR QUE PELO JEITO FOI "MAQUIADA"COM ALGUNS CONSERTOS EMERGENCIAIS APÓS A DENUNCIA.
O FOCO DA ESCOLA ATUAL É EDUCAR PARA A CIDADANIA E E FORMAR "SUJEITOS" ,SÓ QUE NESTE CASO PARECER QUE É SÓ NA TEORIA E NÃO SE APLICA QUANDO O ALUNO RESOLVE COBRAR AQUILO QUE É UM DIREITO "SEU " E UM DEVER DO ESTADO,OU SEJA UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.QUALIDADE QUE ENVOLVE NO MÍNIMO INFRAESTRUTURA ADEQUADA NAS SALAS DE AULA. TAMBÉM QUESTIONOU ALGUMAS SITUAÇÕES PEDAGÓGICAS QUE REALMENTE OCORREM NA MAIORIA DAS ESCOLAS PUBLICAS E QUE PRECISAM MUDAR.
MEU TOTAL APOIO A ALUNA ISADORA.
Aluna vira alvo ao expor escola em rede social
OCIMARA BALMANT
Clipping Educacional - Estado de S.Paulo
Isadora, de 13 anos, revela falta de estrutura e atrai apoio de internautas e críticas de professores
Porta sem maçaneta, fios desencapados, carteiras quebradas e ventiladores que dão choque. Isadora Faber, de 13 anos, não imaginava que a ideia de postar as fotos de sua escola na internet causaria tamanha repercussão.
"Eu sempre reclamei, mas nunca adiantou. Pensei que publicar poderia fazer com que a prefeitura se sensibilizasse. Mas não tinha noção do que estava por vir", diz a aluna da 7.ª série, de voz tímida e dedos muito afiados.
Em pouco mais de um mês, a página Diário de Classe, que Isadora criou no Facebook, recebeu até ontem quase 30 mil "curtir" e cada uma das publicações tem dezenas de comentários elogiosos à guria que não teve medo de mostrar a situação da Escola Básica Municipal Maria Tomázia Coelho, em Florianópolis.
Mas o apoio é de desconhecidos. Dentro da escola onde ela estuda há mais de sete anos, desde o início do ensino fundamental, a iniciativa tem sido duramente criticada. Muitos amigos se afastaram e os professores consideram um absurdo. Talvez por eles também serem vítimas.
Ao lado da foto do vidro quebrado da fachada do prédio, está o vídeo que mostra a desordem na aula de matemática. Também há comentários sobre o fraco desempenho dos professores auxiliares. "Quando temos aulas com auxiliares, elas dão um texto e uma pergunta e é sempre isso, acho que o tempo poderia ser melhor aproveitado", publicou.
Com mensagens tão diretas, não dava para esperar que os professores apenas ignorassem a página. A reação já começou. Num comentário, uma das professoras perguntou onde estava a menina meiga que visitava muito a biblioteca e pediu que aluna deixasse de trilhar caminhos obscuros ou teria um futuro triste.
Numa publicação de sexta-feira passada, Isadora conta que a professora de português decidiu falar sobre política e internet e ensinou que "ninguém podia falar da vida dos professores". Ontem, segundo Isadora, a professora pediu desculpas depois que seu pai procurou a direção da escola. Mas não dá para esperar que as coisas se acalmem. Quem mexe com todo mundo tem de aguentar as consequências, teria sinalizado a diretora da escola, depois que a menina não cedeu aos apelos de tirar a página do ar.
Retaguarda
Apoio em casa não tem faltado. "Ela levantou uma bandeira muito forte, a da educação, e isso nunca pode ser podado", diz a mãe, Mel Faber.
Assim que a página foi criada, Mel foi convocada à escola e avisada: era melhor tirar essa ideia da cabeça da menina antes que ela começasse a sofrer ameaças ou até fosse presa. "Fui taxativa no meu não. Minha filha quer é o que é dela por direito."
Agora, com a fama repentina, o apoio vem mesclado a conselhos: "Eu digo que, agora que ela se tornou uma pessoa pública, tudo o que escreve é uma responsabilidade para a vida toda", conta a mãe.
Isadora sabe disso e diz que a repercussão não a fez abrir mão de sua principal meta: "Mostrar a verdade sobre as escolas públicas". Tanto que já abriu sua página a participações externas: alunos de outras instituições estão convidados a enviar fotos dos problemas de infraestrutura.
Na escola de Isadora, apesar da polêmica, as coisas melhoraram: algumas fechaduras e uma porta foram trocadas e os fios que davam choque foram consertados.
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis disse que dará seu posicionamento apenas após uma reunião agendada para hoje com a secretária de Educação e a diretora da escola. O objetivo é checar o que procede e o que não procede nas postagens.
fonte: http://www.estadao.com.br/
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