quinta-feira, 25 de março de 2010

PROFESSORES PRESOS EM MANIFESTAÇÃO CONTRA O GOVERNADOR

PM detém 4 professores em protesto contra SerraA Polícia Militar de São Paulo deteve hoje um grupo de quatro professores que teriam tentado agredir o governador, José Serra, durante a inauguração de uma unidade de saúde, em Franco da Rocha, na grande São Paulo.

24 de março de 2010 • 17h47 • atualizado em 25 de março de 2010 às 10h28
A PM informou que eles foram levados à delegacia local.
Segundo a corporação, cerca de 50 professores protestavam durante o discurso do governador, por volta das 14h.
 
Uma declaração de Serra teria irritado os manifestantes e levado alguns deles a tentar se aproximar do chefe do executivo estadual.
A PM disse que foi necessário o uso de gás de pimenta para afastar os manifestantes e alguns professores foram imobilizados e encaminhados à Delegacia de Polícia.
O evento teria sido encerrado com tranquilidade e o governador paulista deixou o local às 14h20.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo foi procurada pelo Terra e disse que irá se manifestar através de nota.
Já o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) informou que apenas gritavam palavras de ordem e que a ação da polícia foi "truculenta".

25 de Março de 2010 - 15h08



 Deputados condenam

 truculência do governo   Serra

 contra  grevistas       

A repressão do governo de São Paulo contra professores grevistas foi condenada nesta quinta (25) na Câmara dos Deputados. Na quarta (24), cerca de 50 professores grevistas que participavam do "apitaço" em Franco da Rocha, região Metropolitana de São Paulo, foram atacados com gás de pimenta e cassetetes por uma tropa de policiais militares e integrantes da Força Tática do estado.
Quatro professores foram presos e alguns ficaram feridos na manifestação que ocorreu próximo ao palanque em que o governador de São Paulo , José Serra, se apresentaria para a inauguração de uma unidade hospitalar inacabada.
O deputado Jilmar Tatto (PT-SP) classifica o ocorrido como uma característica do governo tucano. "Como se não bastasse a situação precária e vergonhosa do ensino no estado de São Paulo, agora Serra usa da truculência e da violência para reprimir quem educa os filhos dos trabalhadores do País.
Esse acontecimento é a cara do governo Serra, a cara do PSDB de São Paulo", disse.
Na avaliação do deputado Vicentinho (PT-SP), os servidores paulistanos estão vivendo um massacre. "Não é surpresa que outras categorias se revoltem com a atitude de Serra.
O governador assumiu uma postura ditatorial, desrespeitosa, que vai contra o direito de manifestação.
Serra está massacrando os servidores do estado, proporcionando mais revolta, em vez de dialogar e apresentar uma proposta concreta que atendas às reivindicações"", disse.
Os professores da rede pública paulista estão em greve desde 8 de março e reivindicam do governo Serra, entre outras medidas, reajuste salarial de 34,4%.
Não só os professores, mas grande parte do funcionalismo de São Paulo ameaça entrar em greve.
Isso inclui os servidores da saúde, que entram em greve nesta quinta (25) por tempo indeterminado.
Delegados de Polícia também ameaçam parar, indignados com o tratamento que recebem do governo tucano.

Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=8&id_noticia=126556


25 de Março de 2010 - 17h01


Fugas em vão: em greve,
 professores prometem ir aonde  Serra for

Nem mesmo a repressão e a censura imposta pelo governo Serra enfraqueceram a greve dos professores da rede paulista de ensino. Com 17 dias de movimento e quase 80% da categoria parada, a ordem é inverter a ordem: já que o governador José Serra (PSDB-SP) se recusam a receber os professores, são eles que agora vão atrás do tucano, onde quer que Serra esteja.
“As manifestações que os professores da rede estadual têm realizado nos locais onde o governador comparece são absolutamente naturais”, afirma Maria Izabel Noronha, a Bebel, presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). “Estamos em greve reivindicando reajuste salarial e melhores condições profissionais e educacionais. Queremos a abertura de negociações e o governo recusa o diálogo. Os professores se dirigem, portanto, ao chefe do Executivo, pleiteando que negocie”.
Bebel também denuncia a ofensiva da mídia para desqualificar o movimento grevista. “Alguns órgãos de imprensa desinformam ao fazer ilações entre a Apeoesp e partidos políticos, desviando o foco da cobertura de sua questão central: temos reivindicações e queremos negociar. A Apeoesp e demais entidades do magistério têm caráter sindical e sua atuação é pautada pela categoria, em deliberações públicas e democráticas, e não por partidos políticos.”
Na opinião de Bebel e da Apeoesp, as denúncias de partidarização do movimento devem se voltar contra o próprio governo Serra.
“A grande massa de professores realiza uma amarga experiência com este governo, que não dialoga, e poderão, sim, definir suas preferências partidárias e eleitorais considerando esta experiência.”
Serra deixa o cargo no dia 31 para disputar o Palácio do Planalto. Na reta final de seu governo, o tucano enfrenta protestos generalizados de servidores. Além dos professores — que entraram em greve em 8 de março —, delegados da Polícia Civil iniciaram operação padrão nesta semana. Já os servidores da saúde também anunciaram ato no fim do mês contra o governo estadual.
Da Redação, com agências

Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=8&id_noticia=126556

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