terça-feira, 27 de setembro de 2011


A violência domina as escolas de tal maneira que fica muito difícil avaliar as "causas",pois as consequências estão estampadas nas manchetes dos jornais e noticiário diariamente.

Já faz alguns anos que as causas eram sempre caracterizadas pela "pobreza" e geralmente as escolas com problemas de violência eram  identificadas como escolas em espaços de periferia, onde o crime imperava e as crianças estavam expostas e  influênciadas pela violência das ruas de seu bairro.

Não faz muito tempo que um garoto matou outro em uma escola particular em Embu,esta escola não atende aluno de periferia,pelo contrário é uma escola elitizada,na semana passada foi o caso da Escola Alcina feijão em São caetano do Sul,que apesar de ser pública atende um grupo de alunos oriundos de uma classe privilegiada na cidade...está bem longe de ser uma escola de "periferia"... Cabe aqui uma pergunta: O que está acontecendo????

A questão é que violência na escola nas últimas décadas  sempre foi analisada pelo poder publico de forma"rasa",pois é fácil vincular a violência à pobreza e falta de estrutura social que o próprio poder público negligencia na periferia.Se não é a "pobreza" e o convíivio com a criminalidade,quais as causas da violência na escola????
É necessário um estudo mais profundo  sobre a situação,sair da superficialidade do óbvio,uma das causas sem dúvida alguma é que a escola reflete a sociedade que está inserida,portanto vai refletir todas as mazelas desta sociedade atual cada vez mais individualista e violenta.
Um outro problema que deve ser considerado e de fácil identificação é a "deterioração" da família e isso se dá nos lares pobres e ricos,pois as pessoas estão se perdendo no seu cotidiano correndo atrás do sustento da família,da conquista de  alguns privílegios sociais e deixam que a falta de tempo,falta de diálogo e o individualismo exarcebado dominem suas relações familiares onde o "ser" perdeu o lugar para o "ter" e o que é pior,quanto mais se tem mais se quer...e a vida familiar vira um redemoinho total.  
Os pais já não conhecem seus filhos e vice versa.
A família deixou de ser  um núcleo de convivência, unido por laços afetivos,compartilhando o  mesmo teto para se transformar em um tipo de alojamento de crianças e pais enfraquecidos pelo bombardeamento da sociedade individualista,consumista e profundamente influenciados pela média que dita regras de comportamentos sociais inadequados e impõe valores cada vez mais negativos,e  a escola é o espaço que eclode toda essa situação negativa que tem agredido as famílias atuais.
A família ao longo da história da humanidade foi e será sempre o fundamento da sociedade,portanto é importante pensar no resgate social da família,pois ela transcende a qualquer instituição social,pois só pode ser  constituída por relações de amor! É na família que os filhos desenvolvem sua personalidade,é através dela que devem crescer encontrar o sentido de sua existência e principalmente amadurecer,a escola não pode fazer este papel,mas infelizmente é o que esta acontecendo,uma equivocada transferência de papéis,que aliás começou quando a mulher saiu para o mercado de trabalho e muitos homens passaram o papel de "provedor" da família para elas,o efeito foi desastroso.
Para concluir,acredito que existem muitas outras causas que influênciam a violência desenfreada na escola,mas com certeza passa pelo viés da família,um bom começo é pensar em como contribuir para o fortalecimento da família como instituição base da sociedade,a possibilidade de se criar grupos de reflexão conhecidos como "escolas de pais" é uma opção viável.

Casos de agressão a professores crescem 40%

23/09/2011 - 09h44 

 Uol educação


Os casos de agressão a professores nas escolas públicas paulistas têm crescido entre 30% e 40% por semestre nos últimos três anos, segundo o Observatório da Violência do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
Só de janeiro a julho deste ano foram mais de 300 casos de agressão física ou verbal a docentes durante as aulas.
Segundo a presidente do sindicato, Maria Izabel Azevedo Noronha, a violência nas escolas se generalizou e já não há um perfil do aluno agressor. "Semana passada, um menino de 6 anos bateu em um professor de uma escola em Diadema. O acúmulo de funções faz o docente estar mais exposto a conflitos", avalia.
A presidente afirmou ainda que 70% dos professores que sofrem de estresse foram vítimas de algum tipo de agressão por parte dos alunos. 
Segundo ela, muitos chegam a pedir transferência por se sentirem desmoralizados nas escolas e nem todos registram ocorrência por medo de perseguições. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

Professores denunciam violência
Juiz de Fora (MG), 27 de maio de 2010, quinta-feira - TRIBUNA DE MINAS




MANIFESTAÇÃO NA AVENIDA JK
Protesto contra a violência na escola

Em média, sete casos de violência no ambiente escolar são notificados a cada mês pela Polícia Militar (PM) em Juiz de Fora. Estatística da PM, realizada a pedido da Tribuna, aponta que, nos quatro primeiros meses de 2010, foram realizados 29 registros de agressões e atritos verbais no interior de estabelecimentos de ensino, envolvendo alunos e professores.
Mas, levando em conta que muitos casos são resolvidos no interior das salas de diretoria e nos gabinetes das secretarias de ensino, o número pode ser ainda maior.
Temendo que a violência nas escolas aumente, professores e funcionários da Escola Municipal Álvaro Lins, no Bairro São Judas Tadeu, Zona Norte, realizaram uma manifestação pela paz nas escolas ontem.
No último dia 22, a vice-diretora da instituição, Cecília Aparecida da Silva Calixto, 46 anos, foi espancada com um pedaço de pau por uma mulher, 22, mãe de uma estudante de 9 anos. 
A agressão, que teve participação de um pedreiro, também 22, aconteceu dentro do colégio, exatamente quando se comemorava o Dia da família na escola, ação que tentava aproximar instituição e comunidade.
Com um carro de som, cerca de 40 pessoas, entre docentes da escola e integrantes do Sindicato dos Professores (Sinpro), saíram em passeata pela Avenida Doutor Simeão de Faria, no Bairro Santa Cruz, na mesma região, até a Avenida Juscelino Kubitschek, onde realizaram uma panfletagem, pedindo o fim da violência e maior abertura para o diálogo nas escolas. Hoje e amanhã, os alunos deverão ser envolvidos em atividades pedagógicas que procuram trabalhar a necessidade do respeito mútuo no ambiente de ensino. Serão realizadas palestras, atividades educativas e de reflexão a respeito do tema, além de cultos ecumênicos, nos turnos da manhã e da tarde. Durante o protesto, eles voltaram a lamentar as agressões sofridas pela vice-diretora.
 Segundo informação da Secretaria de Educação, o colegiado da escola onde aconteceu a agressão pediu a transferência da estudante. 
A mãe da menina, que é ex-aluna do mesmo colégio, foi chamada à Secretaria de Educação para ser comunicada da decisão. “Os dois agressores são nossos ex-alunos. Isso significa que eles passaram pelas nossas mãos, e nós não conseguimos atingi-los. Dá até uma certa sensação de fracasso”, lamenta a diretora do colégio, Sônia Maria Pereira Barbosa.
Abalada emocionalmente, a vice-diretora agredida segue afastada, em princípio, por 15 dias, mas ainda aguardando avaliação sobre o caso.
Conforme a titular da Secretaria de Educação, Eleuza Barboza, informou à Tribuna, na segunda-feira, a agressão aconteceu devido a um mal entendido. 
A estudante estava com a blusa do uniforme, e a educadora teria informado que não havia necessidade de usar a peça, já que o dia era festivo. 
A mãe teria sido informada que a filha havia sido chamada de “mendiga”, o que é negado pela secretaria. 
Outro caso grave de violência no ambiente escolar foi registrado no dia 29 de abril, quando Francisca Duque Alves, 51, diretora da Escola Municipal Cosette de Alencar, no Santa Catarina, teve o nariz fraturado e sofreu diversas escoriações, após ser agredida a socos e pontapés pela mãe e irmã de uma estudante da oitava série. 
Neste caso, o colegiado optou pela transferência para a rede estadual da aluna cuja família agrediu a diretora.


Fonte: http://www.tribunademinas.com.br/

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