A Educação paulista necessita com urgência de uma reformulação que ultrapasse a questão da progressão continuada.
A cidade de São Paulo após muitas mobilizações de professores,pais e da sociedade iniciou neste ano uma reformulação de ciclos,a prefeitura de Santo André embora engatinhando no ensino fundamental já o fez no ano passado(embora necessite aprimorar), quando admitiu a reprovação de alunos que não tinham condiçõeses de avançar para o quarto ano do ensino fundamental ,outras redes de ensino de outras cidade apulistas se mobilizam para mudanças nos ciclos e finalmente Estado de São Paulo pressionado pelos vários setores sociais e pelos números negativos das últimas pesquisas , finalmente resolve dar o primeiro passo neste sentido introduzindo mais um ciclo no Ensino Fundamental ,o que é um avanço na poltica educacional das últimas décadas no Estado,avanço que chega tarde,mas como diz o ditado "antes tarde do que nunca"!
A progressão continuada comprometeu uma geração de alunos na tentativa de desmascarar a problemática social que era a "reprovação sem reflexão",avaliação excludente que externava a intima ligação do sucesso educacional com a classe social do aluno.
Apesar da "boa intenção" expressa no projeto de progressão continuada, a educação paulista continuou a alimentar a educação elitizada ,como vem fazendo desde o princípio da escola brasileira,pois aqueles que tinham condições de pagar ,migraram para as escolas particulares que continuaram com a reprovação e teóricamente com uma educação de qualidade , enquanto isso na escola pública os alunos foram aprovados pelo "peso da lei ",sem dominar os conteúdos mínimos para série subsequente,desqualificando o trabalho pedagógico de milhares de professores , compromentendo ainda mais a qualidade de ensino para as classes menos favorecidas.
Apesar de pequenos avanços para resolver a problemática da educação para "todos" e de qualidade ,as políticas educacionais do estado de São Paulo devem ser revistas e observadas com olhar crítico, pois ainda percebe-se a diferença gritante na questão da qualidade da educação, não somente entre as classes sociais ,mas também entre escolas da própria rede,percebe-se nitidamente um grande "abismo" entre aquelas que são apontadas como as melhores e aquelas que são apontadas como as piores segundo resultados do SARESP.
Acredito que o Saresp não prova nada, por não ter peso algum na vida do aluno. valeu!
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