segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Fechar escola é fatalmente o caminho para abrir presídios






Quem abre uma escola fecha uma prisão.
 “Abrir uma escola é fechar um presídio”.
Rousseau


O  ano de 2015 não está nada fácil...estamos vivendo um verdadeiro turbilhão na economia e na politica, a crise ética está ganhando  aspectos monstruosos e a crise hídrica se transformou em um verdadeiro “mar de preocupação”, pois a seca se alastra por todo país.


Quando se pensa que pior não dá para ficar, a população paulista sente na pele o verdadeiro significado do  ditado que desgraça pouca é bobagem, isso porque a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP), sob o argumento de reestruturação de ciclos,ameaça fechar várias escolas. 

Segundo a SEE a ideia é que cada escola estadual concentre apenas um “ciclo” do processo educacional,assim as escolas ficaram divididas em escolas de Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano), escolas de  Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e escolas de Ensino Médio (1º ao 3º ano).


A ideia pode até parecer   ter um caráter prático e produtivo positiva ,mas como toda politica educacional das últimas décadas no estado de São Paulo,está sendo “imposta de cima para baixo”,no intuito de se adequar a um irresponsável ajuste fiscal,  maquiar mais uma vez  a total falta de “investimentos  sérios” na rede nas últimas administrações que resultou na carência de profissionais qualificados  e nos péssimos resultados dos alunos em avaliações externas e de proficiência como: Saresp,provinha Brasil,Enen,etc.

No meio deste caos anunciado é importante lembrar que os profissionais da educação,  alunos ,pais e comunidades escolares e cidadãos, sequer foram consultados ou discutiram tal proposta.

A maioria da população e a mídia especulativa  que só escuta o lado do governo  desconhece o fato de que tal reestruturação da forma que está sendo implantada movimentará cerca de  1 milhão de alunos que receberão uma “transferência forçada” para uma outra escola  que o governo “garante” não ter mais de 1,km e meio de distância da antiga ,só que já vimos este filme na reestruturação anterior e na prática muitos alunos passaram a frequentar escolas bem distantes de suas casas, desconsiderando o fato de que milhares de crianças fazem o percurso casa/escola sozinhas e que tal fato certamente provocará uma grande evasão, principalmente nos turnos noturnos e em localidades de difícil acesso.


Transferir  alunos para longe de suas casas é no mínimo um completo desrespeito  à população que  já sofre com às condições precárias da vida,gerando mais gastos,pois o deslocamento de condução gera mais gastos ,comprometendo ainda mais a renda da família. 

  A educação publica  paulista “sangra” e segue agonizando em meio a   uma politica educacional desrespeitosa ,sentindo na pele  a diminuição dos  recursos , basta comparar  os últimos dois anos: em 2014  a pasta da educação recebeu 14,29%  e em 2015   13, 89% . 

Desde quando cortar investimento em educação soluciona problemas de crise financeira?

O que soluciona tais problemas  é acabar com a corrupção que assola o país de cabo à rabo ,seja qual partido for e em qualquer esfera de governo(municipal,estadual e federal).


A problemática da escola pública  é preocupante,pois com um orçamento cada vez mais apertado ,a superlotação das salas de aula, o fechamento de escolas e movimentação e a “demissão” de muitos professores será praticamente impossível se pensar em qualidade  de ensino. 

Enquanto o governo retoma  a  politica da "reorganização" da rede da década de 90 anunciando  o fechamento de escolas, diminuindo  a cada ano milhares de vagas nos cursos noturnos e impõe com isso milhares de demissões de profissionais da educação,  promove a construção e ampliação de presídios .


João Baptista Herkenhoff escrevendo um texto para os Militantes Brasileiros dos Direitos Humanos sobre presídios, conclui com graça e sabedoria o paradoxo entre fechar escolas e abrir presídios da seguinte forma:” Imaginemos a multiplicação de escolas neste país: escolas de excelente qualidade, escolas de tempo integral, escolas onde a criança ou o adolescente estude, brinque, alimente-se, sinta-se integrada ao mundo, tenha a abertura de horizontes, seja feliz. Escolas excelentes constroem personalidades integradas, previnem transvios , democratizam a sociedade, combatem as discriminações, são a esperança de um povo.Prisões marginalizam seres humanos, dilaceram personalidades, produzem o crime, fecham o futuro.”


Concluindo: Enquanto o estado mais desenvolvido do país fecha escolas seguido por outros estados governados por verdadeiros irresponsáveis , nasce uma tendência contrária nos países europeus como no caso da  a Holanda que fechou 8 presídios em 2012 , da Suécia que acabou de  fechar 4 presídios e da  Noruega  baixou consideravelmente os  índice de reincidência de crimes. 

Sem mais delongas a verdade é que :“Fechar escola é fatalmente o caminho para abrir presídios e consequentemente comprometer  seriamente o futuro !


Profª M.Socorro 

Alckmin anuncia o fechamento de 94 escolas; Richa fecha 71

Agência Estado

A Secretaria Estadual de Educação divulgou nesta segunda-feira que 94 escolas da rede serão “reorganizadas”, ou seja, serão fechadas e terão de transferir seus alunos para outras unidades próximas. Dessas, 66 ficarão à disposição dos municípios para uso de Educação de Jovens e Adultos, Centro Educacional Unificado (CEU) ou creche.
A mudança, anunciada em setembro pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), prevê um arranjo nas escolas para que tenham apenas um ciclo de ensino (anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do fundamental e ensino médio). Com isso, cerca de 340 mil alunos serão transferidos para outra unidade no próximo ano.
Pela manhã, Alckmin afirmou que 754 escolas passarão a ter ciclo único – hoje são 1,5 mil -, um aumento de 52%. Disse também que, com a reestruturação da rede, 1.197 salas serão fechadas.
Segundo o secretário de Educação, Herman Voorwald, o ensino fundamental 1 ganhará 54 escolas de ciclo único, passando das atuais 778 para 832; o ensino fundamental 2 terá 360 unidades a mais neste formato (de 206 para 566); e o ensino médio, 340 (de 459 para 799).
Voorwald apresentou dados do Idesp, principal indicador de qualidade da educação paulista, que aponta que as escolas de ciclo único têm desempenho melhor em todos os ciclos. A melhora na nota é de 5,1% nos anos iniciais, de 10,5% nos anos finais e de 28,4% no ensino médio.
A informação foi divulgada em meio a protestos quase diários de professores, pais e alunos, além de críticas do principal sindicato dos docentes no Estado, a Apeoesp, que estimava que 162 unidades seriam fechadas.
A medida foi tomada após diagnóstico da secretaria que identificou 2,9 mil classes ociosas (sem turmas) em todo o Estado. Esse é um dos principais argumentos do governo estadual a favor da alteração. A estratégia, segundo a pasta, também é baseada em estudos que apontam melhora de até 10% no desempenho de escolas de ciclo único.
Desde que a mudança foi divulgada, no entanto, os detalhes tem sido mantidos sob sigilo, o que desencadeou uma série de especulações e críticas de que a pasta pretendia apenas enxugar a rede por economia.
Conforme o jornal O Estado de S. Paulo antecipou em setembro, entre 2000 e 2014, a rede estadual perdeu 1,8 milhão de alunos, segundo estudo da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
A queda do número de crianças e jovens em idade escolar, a municipalização do ensino fundamental e a migração para a rede privada explicariam a mudança, de acordo com a pesquisa.
Por causa da diminuição de 32,2% no número de matrículas, o Estado acumulou classes (também chamadas de turmas) ociosas, criando espaços que poderiam ser mais bem aproveitados nas escolas. É com essa margem de vagas que o governo pretende separar os ciclos e distribui-los em cada unidade, unindo os alunos de uma determinada faixa. A junção deverá respeitar uma distância de até 1,5 km entre a escola atual e a nova.

Richa deve fechar 150 

escolas estaduais 

em 2016

Luis Lomba (Gazeta do Povo)

Cento e cinquenta escolas públicas estaduais devem ser fechadas no ano que vem, segundo a APP-Sindicato, que representa os professores da rede. O tema está sendo discutido pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, que promete empenho para evitar os fechamentos. “A Comissão não concorda com isso. Pessoalmente, independentemente de ser governo ou oposição, sou contra fechamento de escolas. Dependendo da posição da Secretaria da Educação, vou levar a questão ao governador”, diz o presidente da Comissão, deputado Hussein Bakri (PSC), que integra a bancada governista na Assembleia Legislativa.
A Secretaria da Educação confirma em nota que “realiza levantamento e estudos com vistas a otimizações de turmas nas instituições de ensino que apresentem redução no número de alunos”, mas não confirma nem contesta que vai fechar escolas. Segundo a APP-Sindicato, diretores de colégios que serão fechados já começaram a ser informados oficialmente da decisão. “Estamos lidando com essa ameaça há cerca de 15 dias, quando diretores de escolas começaram a ser chamados pela secretaria, nas regiões de Laranjeiras do Sul, Cascavel, Maringá e Londrina. Essa semana estão sendo chamados os diretores da capital”, afirma a secretária de Finanças da APP-Sindicato, Marlei Fernandes. “O governo diz que está fazendo o que chama de otimização”, acrescenta.
Em Curitiba, pelo menos três escolas estão nessa lista e perderiam as turmas nelas alocadas: Colégio Estadual Barão do Rio Branco, no Água Verde; Colégio Estadual Dom Pedro II, no Batel; e Colégio Estadual Xavier da Silva, no Rebouças. A Secretaria da Educação não confirma o fechamento dessas escolas. Dois Centros de Educação Básica para Jovens e Adultos (Ceebja) seriam transferidos: o Paulo Freire, no Água Verde, passaria a funcionar onde hoje está o Colégio Estadual Barão do Rio Branco; e o Poty Lazzarotto, no Centro, iria para o prédio do Colégio Estadual Xavier da Silva. A Secretaria da Educação também não confirma nem contesta essas informações.
Não é a primeira vez que o fechamento de escolas gera desgaste para o governo. Em setembro deste ano, a Secretaria da Educação anunciou o encerramento das atividades do Colégio Estadual Doutor José Gerardo Braga, em Maringá. A medida mobilizou alunos e deputados estaduais, que conseguiram forçar o órgão a rever a decisão. “Não dá para fechar e voltar atrás. Maringá provou isso. Tem que ter argumentos, provas de que realmente precisa fechar”, afirma Hussein Bakri.

fonte :http://enioverri.com.br/alckmin-anuncia-o-fechamento-de-94-escolas-richa-fecha-71/


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