domingo, 7 de novembro de 2010


 O que esperar da educação no Brasil?
É um desrespeito, uma bagunça. 

E a gente paga por isso.

E não é o primeiro problema


“O que esperar da educação no Brasil?”. O questionamento, em tom decepcionado, é do estudante Felipe Augusto Rodrigues, que ontem se submeteu às provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em Bauru.
 Ele e outros colegas se sentiram prejudicados com a troca no cabeçalho dos gabaritos da prova. 

O Ministério da Educação confirmou a falta de coincidência entre cabeçalhos dos cadernos de provas (na folha de respostas as questões de 1 a 45 eram de ciências humanas e suas tecnologias e no caderno de provas essas perguntas correspondiam à área de ciências da natureza e suas tecnologias).


O estudante, que pretende cursar relações internacionais, notou o problema logo no início do exame e comunicou o responsável pela sala. 
No entanto, apenas uma hora e meia depois foi orientado a alterar o cabeçalho. 

Ele já tinha passado as respostas na ordem anterior.


“É um desrespeito, uma bagunça. E a gente paga por isso. E não é o primeiro problema”, destaca. 
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Antes do erro ser detectado, o sábado também foi marcado por decepção para Elizângela Zacarias. Ela terá de esperar 2011 para se submeter às provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ontem, por apenas alguns minutos, perdeu o exame. Chegou depois do horário. Como era de se esperar, atrasos não foram permitidos.

 Com tanta gente indo para o mesmo lugar, o trânsito ficou complicado em alguns trechos e avenidas de Bauru. O suficiente para tirá-la da prova.


“Infelizmente, cheguei depois dos portões se fecharem. Agora, é ter paciência, esperar a prova de 2011 e adiar a faculdade de pedagogia”.


Além da caneta, documento pessoal e da ficha de inscrição, ela também levava o próprio futuro nas mãos. Foi assim que outros milhares de jovens se sentiram ontem com a realização da primeira etapa.

 Como a prova é usada na primeira fase ou considerada na nota final de dezenas de instituições de ensino superior e em todas as universidades federais brasileiras, ansiedade e expectativa não faltaram para os participantes.


“Estou realmente ansiosa porque preciso muito ir bem nessa prova. Caso não consiga passar no vestibular da Unesp, preciso do Enem para reduzir os custos de uma universidade particular e cursar direito ou história”, comenta Yohana Santana Martins, 18 anos.


Em Bauru, as provas são realizadas na FIB, ITE, USC, Preve Objetivo e Faculdades Anhanguera. Elas continuam hoje, nos mesmos locais. Os portões fecham às 13h.
Ana Paula Pessoto/ Com Luciana La Fortezza



FONTE: http://www.jcnet.com.br/mostra_fotocapa.php?codigo=3317

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