terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Secretaria da Educação garante matrículas em escolas que seriam fechadas em SP

15/12/2015

Secretária interina disse à Apeoesp que não haverá retaliação contra professores e alunos que participaram das mobilizações; órgão ainda não apresentou cronograma de debates com escolas

Escrito por: Redação - RBA

Representantes da Secretaria Estadual de Educação asseguraram na sexta (11), em reunião com integrantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), que os estudantes já transferidos para outras escolas pelo projeto de reorganização escolar voltarão para suas unidades de ensino de origem e que nenhum aluno ou professor que participou das mobilizações será punido.
O sindicato solicitou que a Secretaria de Educação formalize, através de um comunicado oficial, como serão os procedimentos para matrículas em escolas que seriam fechadas ou que teriam etapas do ensino cortadas. O órgão informou que o comunicado está sendo redigido e que a situação das matrículas retornará ao que era no último dia 30. Até 6 de janeiro a situação de todos os estudantes deve ser regularizada. Professores e funcionários também permanecerão em suas unidades atuais.
A secretaria informou que entre o próximo dia 22 e 6 de janeiro poderão ser solicitadas novas matrículas, inclusive em escolas que seriam fechadas. Além disso, entre 7 e 12 de janeiro poderão ser solicitadas transferências de estudantes entre as escolas da rede estadual de ensino. O ano letivo começará em 15 de fevereiro.
“Como resposta às nossas demandas, a secretaria garantiu que os alunos vão voltar para a escola de origem. Isso confirma que de fato o governador (Geraldo Alckmin, PSDB) recuou, porque desistiu de proibir as matrículas”, afirmou a presidenta do sindicato, Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel. “Essa reunião foi um pedido da Apeoesp para acertar como fica a situação da educação após o anúncio do governador. Pelo menos saímos com respostas, já que as outras reuniões foram todas evasivas.”
Participarão da reunião a secretária interina de Educação, Irene Miura, o chefe de gabinete, Fernando Padula, e a coordenadora de Gestão de Recursos Humanos (CGRH), Cleide Bochixio. Segundo Bebel, eles garantiram que não haverá nenhuma retaliação contra professores e alunos que participaram das mobilizações e que eventuais casos de punição devem ser encaminhados à secretaria. “Ponderamos que qualquer ação de retaliação contra professores e alunos ia criar um conflito dentro e um conflito que já está acontecendo. Eles garantiram que isso não vai ocorrer, mas nós vamos acompanhar de perto”, afirmou Bebel.
A secretaria não informou, no entanto, qual será o cronograma de audiências públicas para que o projeto seja discutido nas escolas, uma das promessas feita por Alckmin, quando veio a público no último dia (4) anunciar a suspensão da reorganização escolar, após 25 dias de luta dos estudantes e professores. No mesmo dia, o então secretário da pasta, Herman Voorwald, pediu demissão.
Naquele dia, Alckmin limitou-se a dizer que os alunos vão continuar nas escolas que já estudam e que o governo começará a aprofundar esse debate escola por escola, "especialmente com estudantes e pais de alunos”. Os alunos decidiram manter a mobilização até que o governador cancele definitivamente a “reorganização” e apresente um cronograma de reuniões com a comunidade. O projeto previa o fechamento de pelo menos 93 escolas e a transferência de 311 mil estudantes da rede.
Fonte : http://www.cutsp.org.br/mais-noticias/5766/secretaria-da-educacao-garante-matriculas-em-escolas-que-seriam-fechadas-em-sp

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