quinta-feira, 8 de abril de 2010

GREVE TEM UM FINAL INFELIZ ...uma confusão que só atrapalha o movimento do magistério que é legítimo e queima a imagem do movimento sindical.

O fim da greve que durou um mês foi uma confusão  e isso  só atrapalhou  o movimento do magistério que é legítimo e queimou a imagem sindicato.
Alguns professores ficam indignados com o sindicato,pois a acusação de greve politica foi a maior bandeira da SEE ,a greve já estava esvaziada na semana passada e o sindicato só "percebeu" após a saída do governador.Tá difícil de engolir essa!
Ninguém suporta ser usado como "massa de manobra",dai a pancadaria.
Bem...pelo menos ficou claro que a maioria estava lá para defender um movimento justo e nãoas posições politicas de sindicalistas.
Até quando esses sindicatos e a SEE vão "brincar"com os professores?
O salário deles (diretoria) e do pessoal da SEE está garantido independente de negociação e reposição.
O prejuizo foi do professor que foi à luta ppor uma escola melhor ,passou fome e sede na Paulista,gastou dinheiro com condução,tomou chuva,foi avacalhado pela mídia ,xingado pelos alunos/familiares e ainda por cima apanhou da polícia na manifestação do Morumbi ...é revoltante...
Quem vai ter que repor aula é o professor e o prejuízo é do aluno...
Só podemos chegar a uma conclusão:Na mesa de negociação SEE e sindicalistas são farinha do mesmo saco,pois cada um pensa no seu próprio umbigo e o professor que se vire...aluno então nem se fala.



Tumulto

Após um mês,
professores da rede estadual de SP
 suspendem greve

Publicada em 08/04/2010 às 18h06m
O Globo
SÃO PAULO e RIO - O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) decidiu nesta tarde, em assembleia no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, suspender a greve da categoria que já durava um mês.
Segundo a Apeoesp, a decisão aconteceu porque a Secretaria de Estado da Educação aceitou negociar com a categoria a partir da próxima semana.
A decisão foi questionada por um grupo formado principalmente por estudantes e houve confusão .
O grupo cercou o caminhão de som onde estava a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha. Pedaços de paus e bombas foram lançadas em direção ao caminhão e Maria Izabel teve de deixar o local escoltada.
A Polícia Militar de São Paulo estimou a presença de 1,5 mil pessoas no local.
Segundo o tenente coronel Renato Cerqueira, as bombas não foram lançadas pela polícia, que apenas observou a manifestação.
O sindicato que representa os professores da rede estadual de ensino reivindica um aumento de 34,3% para a categoria, entre outros benefícios.
No início desta tarde, a categoria chegou a interditar uma faixa de rolamento da Avenida Paulista, no sentido Consolação, durante a assembleia. Durante a greve, os professores chegaram a bloquear ambos os sentidos da via por três vezes durante assembleias e manifestações.
Após as negociações com o secretário Paulo Renato Souza, uma nova assembleia, de acordo com a Apeoesp, deverá discuir o futuro da categoria no dia 7 de maio.
fonte
http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2010/04/08/apos-um-mes-professores-da-rede-estadual-de-sp-suspendem-greve-916282962.asp

Sindicato indica fim da greve em SP
e indigna professores

Greve completa hoje um mês; professores começam passeata
08 de abril de 2010    15h 17

Representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) indicaram nesta quinta-feira, durante manifestação na avenida Paulista, o fim da greve da categoria, que já durava um mês.
O anúncio indignou alguns professores presentes.
Os manifestantes pararam a avenida e seguem em passeata.
Integrantes da Apeoesp defendem que a paralisação seja interrompida porque a Secretaria de Educação já acenou com uma negociação na semana que vem.
Os sindicalistas querem esperar até o dia 7 de maio para obter um resultado junto ao governo.
Na data, haverá uma nova assembleia geral em frente ao prédio da secretaria, na Praça da República. Apesar da trégua na paralisação, um novo ato foi agendado para a próxima terça-feira, dia 13, diante da Assembleia Legislativa.
Cerca de 800 professores participaram da manifestação de hoje, que chegou a fechar uma faixa da avenida.
De acordo com a Polícia Militar, cerca de 300 oficiais permanecem no local.
A paralisação provocou uma queda de braço entre sindicalistas e o governo.
A categoria chegou a afirmar que o movimento atingiu cerca de 80% dos professores. Já a secretaria afirmava que a paralisação não atingiu mais que 1%. Entre as reivindicações, os professores pedem reajuste salarial de 34,3%.
fonte  http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,sindicato-indica-fim-da-greve-em-sp-e-indigna-professores,535640,0.htm



Amanhã, depois de um mês de silêncio,
a greve dos professores aparecerá na mídia

por Chico Cabral

Eles conseguiram!
Depois de reprimir duramente o magistério em greve.
Depois de mentirem e assediarem moralmente professores que aderiam ao movimento. Depois de barrar ônibus nas estradas.
Depois de demitir professores da categoria “O” por faltas(greve), de cortar bônus e cortar salário de todos os professores grevistas.
Depois do silencio ensurdercedor do governo e da imprensa… eles conseguiram!
Hoje o PSDB, o PIG e a nojenta elite paulista mais uma vez calou os professores e avançou na destruição da educação pública.
Acabo de voltar da assembleia dos professores e o que vi foi a completa derrota.
Hoje qualque esperança de um estado com uma educação pública de qualidade para toda a população brasileira desceu pelo ralo.
O MASP estava vazio, estava triste.
Para quem viu aquele espaço ficar pequeno frente a dezenas de milhares de professores decididos a barrar o projeto absurdo posto em prática por Serra e o PSDB, ver hoje algumas centenas de professores se degladiando loucamente é deprimente.
A assembleia começou já bastante tumultuada, as primeiras falas já indicavam que a direção da APEOESP estava determinada a suspender a greve.
Os argumentos não eram ruins, visto que o número de professores presentes já era uma mostra de que a mobilização perdia força.
Na multidão alguns diziam que o interior estava mobilizado, mas que a direção do sindicato não fez o esforço necessário para garantir ônibus para todos, outros diziam que o magistério não aguenta um mês de greve e que os professores temiam mais corte de salários para o próximo mês, outros diziam que os resultados do provão desmobilizaram parte dos professores, outros diziam que a greve já havia acabado só os sindicalistas que não sabiam e outros apenas gritavam a plenos pulmões: PELEGOS!! PELEGOS!! PELEGOS!!
Eles conseguiram! não apenas implementaram o plano de carreiras mais descabido do planeta como dividiram a categoria.
Tiraram da categoria dos professores, não apenas a isonomia salarial, mas aquilo que ela possui de valoroso: sua unidade, só na unidade a luta é possível.
Em princípio fiquei bastante confuso, tendia a considerar a hipótese de que a gestão atual do sindicato houvesse de fato trabalhado pela desmobilização, posto que já vi isso acontecer outras vezes, no entanto quando vi que até a oposição alternativa dizia que não havia correlação de forças para a continuidade da greve, tive certeza: eles conseguiram.
Majoritariamente os setores que defendiam a saída da greve diziam que era necessário a continuidade da mobilização, tratava-se apenas de uma suspensão da mesma, para abertura da negociação. Afirmavam que não havia possibilidade de continuar em greve, pois o governo autoritário de José Serra havia conseguido amedrontar a massa de professores.
A proposta era: suspensão da greve com jornada de mobilização: aulas públicas, cartas para os pais de alunos e debates nas escolas.
Ainda ficou marcado uma próxima assembléia: dia 7 de maio.
Apesar da proposta parecer boa, tendo a desconfiar muito da possibilidade de duas greves em um mesmo ano, não vejo como provável a possibilidade de um avanço na mobilização depois de uma greve sem qualquer vitória.
Em determinado momento setores insatisfeitos com o rumos que a assembleia tomava, decidiram tomar a paulista e iniciar de forma forçosa uma passeata até a república, como havia sido determinado na assembleia anterior.
Começou a gritaria, havia inclusive “uma bicicleta de som” com uma bandeira escrito “combatentes”, que concorria com o carro de som da APEOESP e gritava: Traidores!!! Traidores!!! Traidores!!!
Alguns professores foram pra rua outros ficaram no MASP, a assembleia prosseguiu com falas favoráveis e contrárias à greve.
Quando chegou a hora dos encaminhamentos, como de praxe nos últimos anos de gestões do Sindicato, tudo foi feito de forma rápida. Contraste para a proposta de fim da greve, não há dúvidas, a assembleia está encerrada.
Creio que o excesso de certeza em um cenário onde isso não me parecia tão possível, sobre tudo quando os professores estavam divididos entre o MASP e a av. Paulista, foi o estopim pra confusão.
Então começou uma confusão que só atrapalha o movimento do magistério e queima a imagem do movimento sindical.
Alguém tacou uma bomba, dessas de criança que faz muito barulho, no carro de som, outros tacaram paus.
Quando os sindicalistas começaram a descer do carro pessoas exaltadas foram de encontro a eles. Começaram os xingamentos e o empurra-empurra. A atual presidente do Sindicato, Bebel, saiu escoltada por uma série da bate-paus.
Os estudantes da UMES fazendo provocações completamente desnecessárias à multidão insatisfeita com o fim da greve. E a imprensa corria, como urubus a procura de carniça, com suas câmeras e repórteres.
Não aguentei ficar mais e junto com parte considerável da multidão retirei-me do local.
Às vezes, acho que a esquerda não aprende com a história.
Se a mobilização vai ou não continuar, é difícil saber.
É difícil para mim até mesmo ter certeza se esse é o interesse majoritário daqueles que defenderam o fim da greve, mas torço pela continuidade, torço porque acredito que é necessário, creio que a derrota este ano vai causar a desmobilização completa da categoria pelo fim da isonomia, salário e a criação das castas de professores.
Se precisasse apostar meus dois centavos em algumas coisa diria o seguinte: Amanhã, depois de um mês de silêncio, a greve dos professores aparecerá na mídia.
fonte http://universidadeparaquem.wordpress.com/2010/04/08/amanha-depois-de-um-mes-de-silencio-a-greve-dos-professores-aparecera-na-midia/

Nenhum comentário:

Postar um comentário