domingo, 28 de novembro de 2010

A FALTA DE CUIDADO NA ELABORAÇÃO DE PROVAS ESPALHA-SE POR TODO PAÍS...NÃO É UM ERRO EXCLUSIVO DO ENEM...

Nossa...é um escândalo atrás do outro...essa imagem é de deixar qualquer um estarrecido.
Como essa prova passou pela mão de tanta gente   e chegou nas escolas,ou seja,nas mãos das crianças    que perceberam algo errado na figura e questionaram o aplicador?
A moda da prova para classificar escolas esta se espalahndo pelo país e isso também é um erro grave pois tem tais provas deveriam ser um meio mas no ranking da politicagem educacional que impera no páis estão se transformando a cada dia em um fim .Escolas e professores só  pensam em "tirar" a nota proposta e a aprendizagem fica comprometida,pois fica limitada apenas no universo da provinha...Paulo Freire criticou a educação bancária e apontou seus maleficios para a formação de alunos sujeitos...a escola atual visa formar cidadãos...mas essa "educação da prova"ou do "professor bônus"só tem evidenciado a alfabetização funcional,ou seja,o cara até consegue ler mas não interpreta...diante disso só podemos concluir que a escola também  esta formando cidadãos funcionais ,o cara  sabe ler...e se sabe ler...pode votar...é isso que interessa...fica tudo como está...dominantes dominando e dominados ainda dominados...sujeitos ....para que? 


Secretaria Municipal da Educação e a imagem polêmica, disponível na internet: falta de cuidado


Imagem em prova escandaliza escolas

Publicado em 19/11/2010 | Vanessa Prateano


Uma prova da disciplina de Geografia elaborada pela Secre taria de Educação de Curitiba (SME) para alunos do 1.º ano do Ensino Fun damen tal causou polêmica entre professores e pais de estudantes. Uma das questões da avaliação, aplicada na semana retrasada em mais de 170 escolas, traz uma imagem de conotação sexual, considerada inapropriada (veja abaixo) para a faixa etária das crianças, em média de 6 anos de idade.
 Na semana passada, professores comunicaram o fato à secretaria e ao Sindicato dos Servidores do Magistério Muni cipal de Curi tiba (Sism mac). 

A prova foi recolhida na última terça-feira.
Para a professora Maira Be loto de Camargo, diretora do Sismmac, o episódio deixa clara a falta de cuidado da SME com a elaboração e a revisão da prova, já que, ao que tudo indica, a imagem foi retirada de um site na internet e reproduzida sem um processo de checagem antes de a prova chegar aos alunos.
 “Deveria ter um critério de revisão mais eficiente por parte da secretaria, já que é ela que elabora a prova. Isso demonstra um descaso com o conteúdo e elaboração das questões”, disse Maira.



Secretaria exonera responsável

A chefe da Superintendência de Gestão Educacional da Secretaria Municipal da Educação de Curitiba, Meroujy Giacomassi Cavet, afirmou que será aberto um processo administrativo para apurar as circunstâncias do uso da imagem. 
Ela negou que a exoneração da chefe do Departamento de Ensino Fundamental, Nara Salamunes, responsável pela avaliação, tenha relação com o episódio. “Posso garantir que foi uma coincidência”, disse. Nara foi exonerada ontem.
Meroujy disse não acreditar que a imagem tenha sido compreendida pelas crianças. “Lamentamos muito esse equívoco e pedimos desculpas à comunidade escolar. O erro é pequeno, mas grave.”

 Ela disse que a prova não serve para ranquear as escolas, mas para dar subsídios a fim aprimorar a educação. “Ela não serve nem para aprovar, nem para reprovar”.
A avaliação é aplicada semestralmente pela prefeitura como forma de avaliar o desempenho de escolas, alunos e professores e é direcionada a todas as turmas, do primeiro ao 9.º ano, abrangendo todas as disciplinas. Na opinião de Maira, a preocupação da secretaria em avaliar o ensino a cada seis meses tem como único objetivo promover o ranqueamento das escolas, o que acaba contribuindo para erros como esse. “São muitas avaliações e isso compromete a qualidade.
 A preocupação não é com o conteú do, com o ensino, apenas com os resultados”, acusa.


Sem autonomia


A professora Ângela Maria de Castro, que atua na Escola Municipal Maria Neide Gabardo Betiatto, no bairro Umbará, conta que os alunos não entenderam o significado da imagem, apenas perguntaram aos professores “por que a galinha estava cortada e com os olhos esbugalhados”. 
Para ela, no entanto, isso não minimiza o problema. “É um erro gravíssimo. Serve de alerta para a forma como essa avaliação está sendo conduzida. No caso, foi aplicada a alunos do 1.º ano, mas poderia ter ocorrido com alunos de outras séries”.
De acordo com Ângela, a prova, da forma como é conduzida hoje, fere a autonomia das escolas e compromete o planejamento escolar, já que o exame é elaborado por uma equipe de dentro da própria secretaria e aplicado de maneira uniforme em toda a rede. 
“O planejamento é posto em segundo plano, pois o professor só pensa na prova, em se sair bem, em tirar uma boa nota. Há também muita competitividade entre as escolas, os alunos chegam a ficar estressados. Não acho que a prova deveria acabar, mas sim que ela servisse como um meio, não como um fim”.





fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/

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