domingo, 12 de dezembro de 2010

CNE QUER CRIANÇAS ALFABETIZADAS ATÉ 8 ANOS... INSUFICIÊNCIA DA APRENDIZAGEM A RESPONSABILIDADE É DA ESCOLA


O Conselho nacional de Educação tem um proposta interessante sobre o período que de deve ocorrer a alfabetização ...mas peca e muito quando deixa a responsabilidade apenas a cargo das escolas que por sua vez  imaginem...irão jogar a bomba para os professores das séries iniciais do ensino fundamental.
Deixo aqui algumas perguntas:
Haverá mecanismos para cobrar da familia seu papel de acompanhamento da criança neste momento tão importante?
No ECA temos artigos sobre algumas  responsabilidades da familia  que não são aplicadas,como será?
Quando a criança apresentar algum transtorno de aprendizagem a sistema de saúde vai atender essa criança?
Os encaminhamentos  para atendimento de profissionais especializados como fonoaudilogos,neurologistas,psicólogos e outros serão atendidos?
A intenção do CNE é muito boa...mas como diz o ditado: de boas intenções o inferno está cheio...e no final da história quem vai pagar “mais esse pato” é o professor...é por isso que essa carreira está em  praticamente em extinção...



CNE quer fim da reprovação até o 3° ano do ensino fundamental
e
alfabetização até 8 anos de idade
Parecer já foi homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad
As novas diretrizes curriculares para o ensino fundamental de nove anos foram aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
Uma das determinações do órgão é que todos alunos devem ser plenamente alfabetizados até os 8 anos de idade.
 O CNE ainda 'recomenda fortemente' que as escolas não reprovem os alunos até o 3° ano dessa etapa.
O parecer já foi homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e deve ser publicado terça-feira (14) no Diário Oficial da União. 
Nossa orientação é muito clara: todas as crianças têm direito de aprender e as escolas devem assegurar todos os meios para que o letramento ocorra até os 8 anos de idade.
 LEIA MAIS "CLICANDO" EM MAIS INFORMAÇÕES
Não é uma concepção simplista de que defendemos a aprovação automática — explica o conselheiro César Callegari, relator do processo. 
O parecer recomenda que os três primeiros anos do ensino fundamental sejam considerados um bloco único, um ciclo de aprendizagem.
 Durante esse período, a escola deve acompanhar o desempenho de cada aluno para garantir que ele seja alfabetizado na idade correta.
O texto ressalta que cada criança tem um ritmo diferente nesse processo, que, por isso, deve ser contínuo. 
— Assim como há crianças que depois de alguns meses estão alfabetizadas, outras requerem de dois a três anos para consolidar suas aprendizagens básicas, o que tem a ver, muito frequentemente, com seu convívio em ambientes em que os usos sociais da leitura e escrita são intensos ou escassos, assim como com o próprio envolvimento da criança com esses usos sociais na família e em outros locais fora da escola — diz o documento. 
— A descontinuidade e a retenção de alunos têm significado um grande mal para o país.
Sobretudo para crianças nessa fase, não tem cabimento nenhum atribuir à criança a insuficiência da aprendizagem quando a responsabilidade é da escola — defende o conselheiro César Callegari.
O parecer determina quais são as disciplinas básicas do ensino fundamental, atualizando o currículo após a criação de leis que tornaram obrigatório, por exemplo, o ensino da música. 
O próximo passo do conselho, segundo Callegari, será determinar 'expectativas de aprendizagem' para cada fase, ou seja, o que cada criança brasileira tem o direito de aprender em cada série ou bloco.
 O Ministério da Educação (MEC) está trabalhando nisso junto com estados, municípios e pesquisadores. 
— Isso tem a ver com a subjetividade do direito, as crianças têm direito não só à educação, mas à aprendizagem.
Nós temos que dizer com clareza quais são essas expectativas para que todos se comprometam com a sua realização — afirma.
O conselheiro acredita que essa definição irá orientar a organização dos currículos, que, na opinião dele, hoje se pautam por avaliações como a Prova Brasil e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 
— É uma inversão completa. São os currículos que devem orientar as avaliações e não o contrário. Queremos que as escolas e sistemas de ensino construam seus currículos, mas a partir dessas expectativas. Isso é particularmente importante neste momento em que vivemos uma fragilidade na formação inicial dos professores — avalia.

FONTES:
AGÊNCIA BRASIL

Nenhum comentário:

Postar um comentário