quarta-feira, 27 de julho de 2011

FÉRIAS! RECESSO!

PONTO DE VISTA CPP

Como se não bastassem os salários irrisórios, salas lotadas, condições de trabalho que deixam muito a desejar, um plano de reposição salarial em suaves prestações (quatro anos), nenhum percentual da inflação reposto, o desestímulo da categoria e os poucos atrativos da carreira que afugentam os jovens para outras profissões, teremos, agora, as anunciadas férias fracionadas.
Sou favorável aos 30 dias consecutivos, como vinha sendo feito até este ano, porque defendo  um "bem sagrado": a família. leia todo texto clicando em mais informações.

O planejamento familiar também faz parte da Educação. E embutido estão as férias dos professores e dos alunos.

Essa mudança pretendida pela Secretaria da Educação tem como tópicos planejamento, replanejamento, atribuição de aulas, classe e o cumprimento dos 200 dias letivos.

Ora, quando 180 dias letivos eram suficientes para o trabalho escola na sua totalidade, as férias de janeiro e julho eram aproveitadas para recompor, reformar as escolas, cuidar da limpeza, etc., enfim, para prepará-las para o reinício das aulas.

Descansados,  professores e alunos retornavam com mais garra para aguentar a luta cotidiana. O aproveitamento e, sem dúvida, o rendimento escolar eram bem melhores e o ensino de qualidade. Enfim, a Escola Pública funcionava à altura do estado mais rico do País. 

Hoje, o que se vê são professores desencantados com a carreira esfacelada.

Alunos mal preparados para o prosseguimento dos estudos. 

Será que o governo acha que os professores não trabalham e não merecem as férias regulamentares?

A luta das entidades, no nosso caso, do Centro do Professorado Paulista (CPP), é o que ainda está garantindo pequeníssimas melhorias.

Agora são as férias que estão incomodando a Secretaria da Educação.

Sou contra as férias em prestações, como se fosse um carnê de compras. 

Os professores são, antes de tudo, chefes de família, lutadores e merecem descanso após um trabalho desgastante (definição da UNESCO para o trabalho docente). Devem ser tratados como gente, com respeito e humanidade, no seu cotidiano. 

E as férias integrais fazem parte da sua vida e de sua família que é a "célula mater" de uma nação.


Ponto de Vista de Loretana Paolieri Pancera, professora aposentada e  1a vice-presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP). 

SECOM/CPP 

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