domingo, 12 de abril de 2015

Greves e mobilizações de professores do norte ao sul do Brasil


 Na "pátria educadora" a educação definha e os  professores das escolas publicas estão em greve ou em grandes mobilizações em vários estados: Pará, Paraíba, São Paulo e Santa Catarina, Amazonas, Paraná, Pernambuco e Rio Janeiro.


Professores em greve, luta justa



Do Diário do Grande ABC
Artigo
Entramos na quarta semana de greve dos professores em São Paulo. A demora do governador e da grande imprensa em reconhecer a paralisação dificultou a abertura do diálogo. E a não disposição do governo em atender a pauta reivindicatória, para efeito de negociação com os docentes, faz com que os dias paralisados se estendam.

Neste momento, ocorrem greves nos Estados do Pará, Paraíba, São Paulo e Santa Catarina. E em Estados como Amazonas, Paraná, Pernambuco e Rio Janeiro ocorrem mobilizações. Essas greves representam, dentre outros problemas, as consequências imediatas dos cortes de verbas dos orçamentos públicos federal e estadual para a Educação.Podemos afirmar que professor, enquanto categoria profissional, ainda faz parte do universo do comprometimento com a profissão e com o saber. Não é o responsável pela situação caótica da Educação pública e expressa ou demonstra de forma antecipada o ‘vir a ser da explosão’ no interior e no cotidiano das escolas.
O corte de verbas piora a situação, que já é muito difícil de lidar, do ambiente escolar para o professor que convive com altos índices de violência, intensa prática de assédio moral e de doença profissional. Em São Paulo, além da falta de reajuste salarial e de condições de ensino (não contamos com laboratórios, informática, bibliotecas e quadras apropriadas), as escolas se deparam com falta de materiais que afetam diretamente o processo pedagógico, como lâmpadas, porta nos banheiros e até com a ausência de material básico de higiene, dentre outros.
Greve de professor representa a necessidade de chamar a atenção sobre a responsabilidade de governos, imprensa e toda a sociedade quanto à urgência em, ao menos, diminuir o caos instalado nas escolas. Cada um deve fazer a sua parte para que o regime democrático tenha, minimamente, validade e o governador precisa atender a pauta dos professores de São Paulo, comprometidos com Educação pública de qualidade.
O professor não passará a construir ‘Pátria educadora’ enquanto os governos estaduais e federal insistirem em cortar verbas e não investirem o dinheiro público, totalmente, nos serviços públicos e enquanto as escolas representarem para parcela da sociedade apenas local para conter a juventude.
Greve de professor representa alerta para que se mude o caminho. Mas, quando isso não ocorre, embora padeçamos, fica a insistência de docentes juntamente com alunos e sociedade em geral em tomar as ruas na defesa de direitos básicos.
Claudio Alves de Santana é conselheiro estadual da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) – Subsede Santo André.
Fonte :
http://www.dgabc.com.br/Noticia/1304231/professores-em-greve-luta-justa

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