Depois de mais uma assembleia na Praça do Buriti, os professores da rede pública de ensino do Distrito Federal decidiram, nesta sexta-feira (30), pela continuidade da paralisação. A categoria voltará a se reunir na próxima quarta-feira (4).
Entre as várias categorias do serviço público em greve desde o início de outubro, os docentes são dos mais mobilizados pelo recebimento do reajuste salarial imediato e não em outubro de 2016, como prometeu o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, na última sexta-feira (23). Mesmo sob ameaça de corte de ponto e sendo cobrados pela Justiça pelos dias parados, eles permanecem de braços cruzados.
O diretor do Sinpro (Sindicato dos Professores do Distrito Federal) Washington Dourado classificou a assembleia como a maior da história da categoria. “Em razão dos últimos acontecimentos, a categoria está ainda mais unida. Mais de dez mil pessoas assinaram a lista de presença na assembleia”, contou.
Segundo o diretor, a intenção é pressionar o governo a avançar nas negociações. “A greve não vai se enterrar com ação da Justiça ou por pressão da polícia. Vamos ficar em greve pelo tempo que for necessário”, concluiu, Dourado.
Sobre a ação da Polícia que pôs fim à manifestação dos professores na quarta-feira (28), na Ponte do Bragueto e no Eixão Sul, o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, defendeu o direito à manifestação, mas criticou a forma que ela foi feita pelos grevistas. “Fizeram a manifestação em um momento de intenso movimento no trânsito. A PM foi chamada para conter a situação”, explicou.
“Às vezes, pode ter uma ambulância que não consegue chegar ao hospital, alguém pode morrer. Ninguém quer ver um professor numa situação daquela. Foi um desconforto para toda a cidade. Façam as manifestações, mas respeitem o direito de ir vir das pessoas”, completou ele.
Fonte : http://fatoonline.com.br/conteudo/11557/professores-decidem-em-assembleia-pela-continuacao-da-greve?or=h-not&p=l&i=7&v=0
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