sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Alunos lutam pela revogação da " reorganização" e não vão abandonar as escolas

Os alunos que ocupam as escolas em todo estado deverão se reunir ainda no dia de hoje para avaliar o movimento e  reafirmar a posição deste,pois a luta na realidade é pela "revogação" da organização,pois  esse adiamento proposto pode ser uma manobra do governo para esvaziar o movimento o que é possível, destacaram algumas duvidas que precisam de resposta para garantir a conquista do movimento.

04/12/2015 14h28 - Atualizado em 04/12/2015 14h40

Alunos dizem vão manter ocupação em escolas após anúncio de Alckmin

Governador suspendeu a reorganização escolar na rede estadual de SP.
Cerca de 200 escolas estão ocupadas desde 9 de novembro.

Karina Godoy e Isabela LeiteDo G1 São Paulo
Estudantes ocupam a Escola Estadual Fernão Dias Paes, em Pinheiros (Foto: Karina Godoy/G1)Estudantes ocupam a Escola Estadual Fernão Dias Paes, em Pinheiros (Foto: Karina Godoy/G1)
Apesar de o governador Geraldo Alckmin anunciar que suspendeu a reorganização escolar que estava prevista para 2016 na rede estadual de ensino de São Paulo, estudantes dizem que não vão sair das escolas ocupadas. Atualmente, 196 escolas estão tomadas por alunos, segundo a Secretaria da Educação. Para a Apeoesp, são 205 escolas.
Lideranças de alunos vão se reunir ainda na tarde desta sexta-feira (4) para discutir sobre o destino das escolas ocupadas. Os alunos devem se reunir em assembleia na tarde desta sexta-feira, na E.E. Caetano de Campos, na Aclimação, para definir os próximos passos da mobilização dos estudantes.
"Nós achamos que estamos tomando mais um golpe. A gente não vai arredar o pé dessa luta que a gente acha tão importante nas nossas escolas", disse a presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes), Angela Meyer.
Na Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, segunda a ser ocupada no estado, os estudantes garantiram que vão seguir onde estão.
"Fizemos a assembleia e não vamos desocupar a escola! A ocupação continua e a galera está indo pra rua. O governador está fazendo uma manobra pra dispensar, porque queremos que ele revogue. Ele não tem espaço para dialogar com a gente!"
A Fernão Dias foi ocupada no dia 10 de novembro, um dia após a ocupação na Escola Estadual Diadema, na Grande São Paulo. A escola ficou marcada por resistir a uma ação com mais de 100 policiais militares. A Justiça chegou a determinar a reintegração de posse mas depois voltou atrás.

Nesta sexta-feira, após uma semana de intensos protestos nas ruas e repressão policial às ações dos estudantes, o governador Geraldo Alckmin anunciou a suspensão da reorganização e disse que os alunos vão continuar nas escolas onde estão e o governo vai intensificar o diálogo com pais e alunos 'escola por escola

A presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes), Angela Meyer, afirmou que as ocupações nas escolas estaduais não serão enceradas por causa do anúncio do governo de suspensão do plano de reestruturação de ensino no estado de São Paulo.
Os estudantes aguardam mais detalhes do planejamento da Secretaria de Educação para definir os próximos passos do movimento.
"A gente precisa ter mais fundamento, inclusive ele (o governador) precisa publicar um decreto dizendo sobre a suspensão", afirmou. Segundo a presidente da Upes, o pronunciamento de Geraldo Alckmin não deixou claro como será o pronunciamento  de discussão com os alunos, pais e professores.
"Todo mundo tem um monte de coisa pra perguntar. E a gente não conseguiu entender qual é a proposta. Até quando vai suspender? É o ano de 2016 inteiro? Pra fazer quais tipos de debate? Quantas audiências públicas? A gente precisa saber de tudo isso pra saber se a gente vai desocupar ou não as escolas", questionou.
Na página de uma organização ligada aos estudantes no Facebook, uma mensagem foi postada na tarde desta sexta falando para que os alunos continuem ocupando as escolas.
"Vamos aguardar a decisão e pronunciamento do Comando das Escolas Ocupadas sobre os próximos passos da luta, pois a luta é dos estudantes secundaristas que ocuparam as suas escolas e travaram avenidas por todo Estado de SP."
O movimento diz que Alckmin não deixou claro até quando a reorganização está suspensa e não revogou o decreto da reorganização publicado na terça-feira (1º).
"E o que vai acontecer com estudantes , professores e apoiadores presos e processados? Mas que diálogo pode haver com um governo que prendeu, perseguiu, processou, agrediu e torturou estudantes? E os diretores que oprimiram os estudantes?", diz o post.


Fonte http://g1.globo.com/sao-paulo/escolas-ocupadas/noticia/2015/12/alunos-dizem-vao-manter-ocupacao-em-escolas-apos-anuncio-de-alckmin.html




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