Já não é novidade o lado cômico da nossa democracia revelado nos programas de propaganda eleitoral gratuita,estes programas são garantidos por lei e a cada período eleitoral invadem nossas casas nos horários considerados nobres da televisão e do rádio,esse tipo de campanha se popularizou no final do século passado,revelando o lado grotesco e cômico dos candidatos,é dificil não lembrar de um médico estranho e histérico que só tinha alguns segundos para gritar "Meu nome é Eneas"...o tempo passou e ele fez escola,não ganhou para presidente,mas nas eleições seguintes ganhou mais alguns minutos de programa e foi eleito deputado federal no pleito de 2002... foi a maior onda de "voto protesto" que já chegou a Brasilia,foi uma enxurrada de votos que arrastou muitos outros candidatos a deputados que só chegaram lá porque pegaram " carona" em seus votos...só assim conseguiu espaço para expor as propostas de seu partido.
Nas últimas eleições o fenômeno do voto protesto aconteceu novamente com a eleição do estilista Clodovil...que até surpreendeu muitos politicos de carreira...ele não de limitou a ser marionetes de sua bancada que ele praticamente elegeu com seus votos ...e o tiro dos politicos espertinhos do seu partido saiu pela culatra....
O volume de votos destes candidatos foi tão expressivo que incentivou muitos "partidos nanicos" a disputar os votos protesto de eleitores insatisfeitos, que tentam demonstrar a insatisfação votando naqueles candidatos que são considerados aberrações políticas pela mídia jornalistica e política...
O efeito do" pior que tá não vai ficar" cresce a cada dia, parece que a história irá se repetir...
A nova onda do voto protesto é o humorista “Tiririca",seu slogan pegou e como ele mesmo afirma se for eleito pior que tá não vai ficar,no embalo da politica "Tiririca"o que não falta no horario politico eleitoral é "palhaçada"...o pessoas para falar abobrinhas e expor suas propostas grotescas e toscas...oportunistas que encontraram nos partidos politicos espaço para tentar a "sorte grande"...
Os telespectadores não sabem se choram ou morrem de rir diante de tantas piadas...Isso é muito grave,uma democracia por mais sólida que seja não sobrevive a tanta asneira,isso sem falar dos "fichas sujas "que ainda tentam enganar o povo como se estivesse em uma propaganda de sabão em pó...tipo eu era assim,mas um milagre me deixou assim “limpinho”.
O efeito Tiririca vem em um momento importante... “Você sabe o que faz um deputado?”essa pergunta faz o povo pensar sobre isso...
Você sabe o que um Deputado Federal Faz? O que um Senador faz?
O que Um governador faz? O que um Deputado Estadual faz?
O “Tiririca” pode não ser uma boa escolha do ponto de vista político de muitos, mas esta se revelando em sua campanha como um grande humorista e e sem querer esta chamando atenção para uma reflexão sobre as eleições atuais,seria hipócrita atacar “o slogan pior do que tá não fica” ou vote no “abestado”e esquecer dos velhos políticos que já se reelegeram várias vezes só para fazer deboche da democracia e legislar para seu “umbigo”,isso sem falar das falcatruas que estão envolvidos e são resguardados pela tal imunidade parlamentar.
Na realidade estão usando o “Tiririca” como um “puxador de votos”,aliás essa eleição esta marcada por essa “tendencia partidária”,nunca se viu tantas celebridades do mundo artistico e do futebol como candidatos,é a onda da “Política Tiririca” na disputa do voto a voto os partidos esquecem suas propostas e investem todas suas fichas nos candidatos “famosos”,pois é a certeza de eleger muitos outros “caronas”,dentre estes caronas vamos encontrar muitos que já são "celebridades em corrupção",os famosos "fichas sujas" que se escondem por trás destes candidatos "diferentes"para se eleger através " gordas sobras" de votação dos puxadores de voto.
Diante do quadro politico brasileiro me pergunto :Será que se eleger o "Tiririca" é tamanha aberração como a midia jornalistica alardeia em suas chamadas de artigos e programas telejornalisticos?
Aberração ,palhaçada e deboche já faz parte da "pauta" cotidiana de muitas Câmaras de Deputados espalhadas pelo país e principalmente em Brasilia onde ainda temos o Senado para completar o show da politica democratica brasileira.
Ridículo ou não ele está certo em uma coisa...
"Pior que tá, não fica."
No Final da história o cenário politico brasileiro esta desmoralizado e o marqueteiro que está por trás de Tiririca é sem dúvida um gênio,pois aproveitou o momento de descontentamento do povo para investir no voto protesto que sem duvida nenhuma vai "bombar "nesta eleição...diante disto só podemos concluir que os verdadeiros palhaços da história somos nós os eleitores...
"Pior que tá, não fica."
No Final da história o cenário politico brasileiro esta desmoralizado e o marqueteiro que está por trás de Tiririca é sem dúvida um gênio,pois aproveitou o momento de descontentamento do povo para investir no voto protesto que sem duvida nenhuma vai "bombar "nesta eleição...diante disto só podemos concluir que os verdadeiros palhaços da história somos nós os eleitores...
Achei esta reportagem sobre o Grotesco e o efeito Tiririca na mídia jornalistica e trancrevi aqui...o livro citado é o “Império do Grotesco”...muito interessante:
Leia:
ajuda a entender "jornalismo Tiririca"
01/09/2010 - 18h07
SÉRGIO RIPARDO
[...] O "prato feito" da web e programas popularescos de TV infesta como praga da agricultura.
Nas últimas semanas, participantes de fóruns virtuais sobre mídia martelaram uma nova expressão: "jornalismo Tiririca", referência provocativa e genial ao slogan ("pior que está não fica") da campanha do palhaço cearense homônimo a uma vaga na Câmara dos Deputados.
Bem antes da popularização da internet no final dos anos 90 (as coisas estão aí há bastante tempo), já era clichê acadêmico a denúncia do empobrecimento do texto jornalístico, a abordagem burocrática das pautas, a precária formação intelectual dos profissionais de imprensa, traduzida em baixíssimos índices de leitura de repórteres, sem falar que, no Brasil, essa categoria quase não lança livros nem sistematiza conhecimentos, na comparação com países ricos.
Com o agressivo e competitivo mercado minuto a minuto de "notícias", faltam "reportagens" e sobram abobrinhas diversionistas publicadas em tabloides e revistas que promovem "celebridades" ou falas registradas em redes sociais (como Twitter e Facebook).
Será que são famosos mesmo que atualizam ou assessores e consultores de imagem? Raramente se exercita a dúvida, como recomendam manuais, dando margem a gafes como a do mês passado com a repercussão apressada da falsa história de um restaurante canibal.
Domina a lógica "se todos fazem, deve estar certo", na adesão automática ao banal, insosso, descartável, digno da lavra de robôs acéfalos.
Na onda do "jornalismo Tiririca", textos são ilustrados mais com reproduções de sites, blogs e afins, uma prova de que o fotojornalismo clássico ainda não conquistou espaço relevante nos meios eletrônicos.
Questionamentos sobre a qualidade do que se publica nas diversas mídias soam antipáticos, carrancudos, coisa do passado ou mau humor de minoria.
Nas críticas em fóruns, é corriqueiro relacionar os abusos das notas de entretenimento ("softnews", como preferem alguns) à incorporação de ferramentas de audiência, de comentários na web (em papel, é difícil saber se algo que está na capa de um caderno realmente terá mais leitura do que o horóscopo do dia, por exemplo).
Entre jornalistas, o roteiro convencional do "papo cabeça" esquerdista sugere lamentos constantes sobre o conceito de notícia e um apego nostálgico a um passado de engajamentos políticos e românticos que pintavam o profissional de imprensa como um mártir da sociedade, metido na boemia e nas batalhas por um mundo justo e livre.
Hoje, com algumas exceções, novas gerações parecem buscar mais o vedetismo, reforçando a má fama da categoria de carregar o rei e a realeza na barriga.
Para alguns que buscam o estrelato segurando um microfone ou assinando textos que só seus colegas reparam, um bom ponto de partida na discussão do "jornalismo Tiririca" é o livro "O Império do Grotesco", adotado em disciplinas de diversos cursos (não esquecer que diploma não é mais necessário, embora seja recomendável, para o exercício da profissão).
Após a leitura dessa obra, não estranhe que algum canal tenha decidido gravar um "reality show" em uma redação de jornal, revista ou de TV.
Leia um trecho. O Império do Grotesco"
O grotesco se caracteriza pelo rebaixamento operado por uma combinação insólita e exasperada de elementos heterogênos, com referência freqüente a deslocamentos escandalosos de sentido, situações absurdas, animalidade, partes baixas do corpo, fezes e dejetos.
O grotesco é o fenômeno da desarmonia do gosto, que atravessa as épocas e as diversas conformações culturais. O grotesco é algo que se tem feito presente na Antigüidade e nos tempos modernos. Atravessa tempos diversos, à maneira de uma constante supratemporal.
É antiqüíssimo, por exemplo, o procedimento grotesco de identificação figurativa entre o homem e o animal, fazendo-se presente nas fábulas e em sistemas morais. Muitas vezes, a identificação passa pela referência ao excremento como metáfora para o rebaixamento frente a valores tidos como sublimes ou para uma radical ausência de qualidades. O grotesco representa o grau zero da condição humana.
Autores: Muniz Sodré Araújo Cabral, Raquel Paiva
Editora: Mauad
Sobre o assunto, postei no meu blog a crônica:
ResponderExcluirNo embalo da eleição, Tiririca serve de lição.
www.amaieski.wordpress.com
Abraço
Angela