terça-feira, 20 de setembro de 2011


Que país é este???

Empresário Brasileiro é penalizado porque investiu 

em Educação


Recebi um email sobre a denuncia do Empresario  Silvino Geremia  que  está bombando na internet.
O empresario foi penalizado por fiscais do INSS que entenderam que o investimento da empresa em educação de seus funcionários correspondia a outro salário e que este empresario não estava recolhendo ao INSS as taxas correspondente a estes valores pagos as instituições de educação que faziam parte deste projeto da empresa.
Fui pesquisar e descobri que o texto que vou transcrever aqui foi publicado na Revista Exame  em 25 de setembro de 1996,quinze anos se passaram  e a polêmica deste texto ainda tem grande repercussão quando se trata de investimentos em educação.Que bom seria de outros empresários seguissem o exemplo de Silvino Geremia...que bom seria se o povo brasileiro acordasse deste sono eterno que está até no hino nacional  e levantasse deste berço que na realidade deixou de ser  explêndido já faz muito tempo(se é que um dia foi para o povo...sic)...
A educação continua agonizando...chovem denuncias por todo lado,professores em protesto  se acorrentam em monumentos,apanham nas manifestações das ruas nas grandes metrópoles,sobem em tribunas para denunciar o caos educacional calando deputados e politicos que só pensam no próprio umbigo...mas nada muda...
Que país é este????  
Empresários que tentam romper com o problema em suas empresas são taxados de "bandidos"...Fala sério...isso é no mínimo exdrúxulo.

Sou um  fora-da-lei

Fui multado por pagar escola para os meus funcionários

Depoimento | 25/09/1996 00:00


Silvino Geremia, empresário



Acabo de descobrir mais um desses absurdos que só servem para atrasar a vida das pessoas que tocam este país: investir em educação é contra a lei. Vocês não acreditam? 
Minha empresa, a Geremia, tem 25 anos e fabrica equipamentos para extração de petróleo, um ramo que exige tecnologia de ponta e muita pesquisa.
Disputamos cada pedacinho do mercado com países fortes, como os Estados Unidos e o Canadá. Só dá para ser competitivo se eu tiver pessoas qualificadas trabalhando comigo. Com essa preocupação criei, em 1988, um programa que custeia a educação em todos os níveis para qualquer funcionário, seja ele um varredor ou um técnico.
Este ano um fiscal do INSS visitou a empresa e entendeu que educação é salário indireto. Exigiu o recolhimento da contribuição social sobre os valores que pagamos aos estabelecimentos de ensino freqüentados por nossos funcionários, acrescidos de juros de mora e multa pelo não recolhimento ao INSS.
Tenho que pagar 26 000 reais à Previdência por promover a educação dos meus funcionários? Eu acho que não. Por isso recorri à Justiça. Não é pelo valor, é porque acho essa tributação um atentado. Estou revoltado. Vou continuar não recolhendo um centavo ao INSS, mesmo que eu seja multado 1 000 vezes.
O Estado brasileiro está falido. Mais da metade das crianças que iniciam a 1a série não conclui o ciclo básico. A Constituição diz que educação é direito do cidadão e dever do Estado. 
E quem é o Estado? Somos todos nós. Se a União não tem recursos e eu tenho, eu acho que devo pagar a escola dos meus funcionários.
Tudo bem, não estou cobrando nada do Estado. Mas também não aceito que o Estado me penalize por fazer o que ele não faz. Se a moda pega, empresas que proporcionam cada vez mais benefícios vão recuar.
Não temos mais tempo a perder. As leis retrógradas, ultrapassadas e em total descompasso com a realidade devem ser revogadas. A legislação e a mentalidade dos nossos homens públicos devem adequar-se aos novos tempos.
Por favor, deixem quem está fazendo alguma coisa trabalhar em paz. Vão cobrar de quem desvia dinheiro, de quem sonega impostos, de quem rouba a Previdência, de quem contrata mão-de-obra fria, sem registro algum.

Sou filho de família pobre, de pequenos agricultores, e não tive muito estudo. Completei o 1o grau aos 22 anos e, com dinheiro ganho no meu primeiro emprego, numa indústria de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, paguei uma escola técnica de eletromecânica. Cheguei a fazer vestibular e entrar na faculdade, mas nunca terminei o curso de Engenharia Mecânica por falta de tempo.

Eu precisava fazer minha empresa crescer. Até hoje me emociono quando vejo alguém se formar. Quis fazer com meus empregados o que gostaria que tivessem feito comigo. A cada ano cresce o valor que invisto em educação porque muitos funcionários já estão chegando à Universidade.
O fiscal do INSS acredita que estou sujeito a ações judiciais. Segundo ele, algum empregado que não receba os valores para educação poderá reclamar uma equiparação salarial com o colega que recebe. Nunca, desde que existe o programa, um funcionário meu entrou na Justiça.
Todos sabem que estudar é uma opção daqueles que têm vontade de crescer. E quem tem esse sonho pode realizá-lo porque a empresa oferece essa oportunidade. O empregado pode estudar o que quiser, mesmo que seja Filosofia, que não teria qualquer aproveitamento prático na Geremia. No mínimo, ele trabalhará mais feliz.
Meu sonho de consumo sempre foi uma Mercedes-Benz. Adiei sua realização várias vezes porque, como cidadão consciente do meu dever social, quis usar meu dinheiro para fazer alguma coisa pelos meus 280 empregados.
Com os valores que gastei no ano passado na educação deles, eu poderia ter comprado duas Mercedes. Teria mandado dinheiro para fora do país e não estaria me incomodando com leis absurdas. Mas não consigo fazer isso. Sou um teimoso.
No momento em que o modelo de Estado que faz tudo está sendo questionado, cabe uma outra pergunta. Quem vai fazer no seu lugar? Até agora, tem sido a iniciativa privada. Não conheço, felizmente, muitas empresas que tenham recebido o tratamento que a Geremia recebeu da Previdência por fazer o que é dever do Estado.
As que foram punidas preferiram se calar e, simplesmente, abandonar seus programas educacionais. Com esse alerta temo desestimular os que ainda não pagam os estudos de seus funcionários. Não é o meu objetivo.
Eu, pelo menos, continuarei ousando ser empresário, a despeito de eventuais crises, e não vou parar de investir no meu patrimônio mais precioso: as pessoas. Eu sou mesmo teimoso.
FONTE http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0619/noticias/sou-um-fora-da-lei-m0049688?page=2&slug_name=sou-um-fora-da-lei-m0049688


QUINZE ANOS SE PASSARAM... A EDUCAÇÃO BRASILEIRA CONTINUA MERGULHADA NO CAOS...MAS...APÓS A DENUNCIA DA PROFESSORA AMANDA GURGEL  QUE  "CALOU" A CÂMARA DOS DEPUTADOS  E GANHOU O MUNDO ATRAVÉS DA INTERNET VOLTA À TONA O CASO DO FAMOSO EMPRESARIO FORA DA LEI QUE FOI PUNIDO POR INVESTIR NA EDUCAÇÃO DE SEUS FUNCIONÁRIOS.
ESTA NA HORA DE ACORDAR...LEVANTAR DESTE BERÇO DE CORRUPÇÃO E POLITICAGEM...



No  futebol, o Brasil ficou entre os 8 melhores do  mundo e todos estão tristes. 
        Na  educação é o 85º e ninguém  reclama!


VOCÊ SABIA QUE UM SALÁRIO DE UM DEPUTADO PAGARIA O SALÁRIO DE  344 PROFESSORES BRASILEIROS????


POIS É...TEM UMA CAMPANHA BOMBANDO NA INTERNET ...
TROQUE  01 PARLAMENTAR POR 34  PROFESSORES 
VOCÊ TROCARIA????




O sucesso virtual do ex-fora da lei

Há 15 anos, o empresário Silvino Geremia denunciou em EXAME o absurdo de ser punido por bancar a educação dos funcionários. Agora, a discussão é revivida na internet


O empresário Silvino Geremia e seus empregados

O empresário Silvino Geremia e seus empregados: o empresário financia 90% dos custos escolares

São Paulo - "Sou um fora da lei. Fui multado por pagar escola para os meus funcionários.” Em 25 de setembro de 1996, o empresário gaúcho Silvino Geremia denunciou a dificuldade legal que enfrentava num artigo publicado em EXAME.
Naquela época, ele financiava o ensino de seus empregados na Geremia, empresa de bombas para extração de petróleo, e foi multado pelo INSS porque os gastos com a educação eram considerados remuneração indireta pela lei.
Como tal, deveriam ser somados ao salário para efeito de cálculo da contribuição social devida à Previdência. “Essa tributação é um atentado”, dizia. “Vou continuar não recolhendo nem um centavo ao INSS, nem que seja multado mil vezes.”
A revolta do empresário sensibilizou muitos leitores e o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. Em 1997 uma lei isentou os gastos em educação.
 Quinze anos depois, o caso volta à cena.
Uma corrente eletrônica contendo o antigo artigo em EXAME foi propagada nas últimas semanas, levando muita gente a acreditar tratar-se de um caso recente. O empresário passou a ser contatado diariamente.
Por telefone ou por e-mail, cidadãos de todo o país parabenizam-no por sua luta, incluindo o ex-presidente da Embraer Ozires Silva. Só no blog de sua empresa, são 1 000 comentários por dia, e o empresário passa boa parte do tempo explicando que o texto foi escrito em 1996.
Geremia, hoje com 66 anos, ainda vive em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, mas já não é dono da Geremia. Desde 2000, é sócio da fabricante de bombas Higra.
De lá para cá, uma coisa não mudou: ele continua apoiando a formação de seus funcionários. “Eu nunca desisti da educação”, diz. Atualmente, 13 dos 50 profissionais da Higra cursam graduação ou pós-graduação.
“Aqui só não estuda quem não quer”, diz. A empresa, que fatura 20 milhões de reais por ano, contribui com 90% do valor do curso e gasta em torno de 150 000 reais anuais com educação.


Um comentário:

  1. NOSSO PAIS PARECE QUE NÃO É PATRIA MÃE PARA NOSSO POVO NOSSOS GOVERNANTES SO LEMBRAM DE NÓS NA ÉPOCA DA ELEIÇÃO PRA GANHAR NOSSOS VOTOS. É AI QUE DEVEMOS DAR O TROCO DE TODO DESCASO QUE RECEBEMOS.A culpa é toda nossa apanhamos e não aprendemos na próxima eleição estaremos dando nosso voto a eles novamente

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