Professores de SP denunciam superlotação em escolas estaduais
Secretaria diz que supervisores vão controlar número de alunos.
Verba para manutenção foi liberada com atraso neste ano.
Secretaria diz que supervisores vão controlar número de alunos.
Verba para manutenção foi liberada com atraso neste ano.
Professores e diretores ouvidos pela reportagem do Bom Dia São Paulo disseram que a verba destinada à manutenção das escolas não foi liberada pela Secretaria Estadual da Educação.
Professores também relataram superlotação em escolas da Grande São Paulo.
O dinheiro deveria ser empregado na pintura e em reparos antes do começo das aulas.
A Secretaria de Educação do Estado confirmou que houve um atraso na liberação da verba, mas disse que R$ 58 milhões já foram liberados para a limpeza e manutenção.
A determinação é que cada sala tenha até 40 alunos.
Os supervisores devem visitar as escolas para analisar os casos em que o número de aluno exceder o recomendado.
A reportagem encontrou problemas na manutenção também foram encontrados em algumas unidades, Na Escola Estadual Salim Farah Maluf, no bairro Jardim Bonifácio, o mato estava alto e, em alguns pontos, chegava a um metro de altura. Um porta com a tranca enferrujada e sem maçaneta. Já o bebedouro está sem torneira. Apenas uma das bombas funcionava e ainda tinha vazamento. Em um ponto da escola, a fiação estava exposta.
A escola estadual Walt Disney, em Mauá, no ABC, visitada pela reportagem está com o chão de uma sala coberto por uma lona, porque a água se acumulou no local. As carteiras estavam empilhadas. Uma parte do telhado caiu depois de um temporal que atingiu a cidade há cerca de um mês, segundo os pais. Como o reparo não foi feito, parte dos aluno será transferida para outra escola.
Já na Escola Orlando Silva, no Parque São Rafael, na Zona Leste de São Paulo, a grade da quadra está quebrada e a arquibancada está cheia de mato. Ao passar pela quadra, os alunos conseguem ter acesso à rua. As paredes são pichadas e há goteiras nos corredores. As telhas derrubadas por uma chuva no meio de 2014 seguem sem reparo.
O Sindicato dos Professores denuncia a superlotação das salas este ano.
Uma professora da Escola Estadual Anecondes Alves Ferreira, em Diadema, na Grande São Paulo, mandou para o Bom Dia São Paulo listas de salas de aula, do ensino fundamental e médio com mais de 40 alunos. Nessa escola, as salas de aula do ensino médio tem 42, 47 e até 48 alunos.
“Ele fecha salas e aumenta a quantidade de alunos. Em vez de contratar mais professores para diminuir a quantidade de alunos e melhorar a qualidade de ensino, tende sempre a ficar dificultando e fechando salas, aumenta a quantidade de alunos e dispensa professores. A média para 2015 é de 45 alunos por sala, que é uma quantidade gigantesca”, afirmou um professor que preferiu não ser identificado.
“É inviável. Você chega na sala de aula, você vai fazer a chamada, até você conseguir acalmar os ânimos. E mesmo assim o professor ainda tem que aplicar o conteúdo, dar uma avaliação tem que fazer todo processo pedagógico com muitos alunos”, declarou outro professor.
A subsecretária da Educação do Estado, Raquel Volpato, afirmou que o dinheiro este mês já foi encaminhado para as escolas. “Houve um contingenciamento no fim do ano, mas esse mês R$ 34 milhões já foi para escolas para manutenção e mais R$ 24 milhões para o serviço de limpeza”, afirmou. “O Trato na Escola foi passado para janeiro por causa de problema orçamentário para fazer prestação de contas no fim de governo”, explicou.
De acordo com a subsecretária, a escola Walt Disney, em Mauá, estão em curso os trâmites burocráticos para que a escola receba uma reforma que custará R$ 600 mil.
Os alunos, segundo ela, já foram transferidos. A Escola Orlando Silva também deve receber uma reforma que custará R$ 570 mil.
A subsecretária afirmou que nas séries iniciais do fundamental devem ter 30 alunos, séries finais depois do sexto ano, 35 alunos e ensino médio 40 alunos. “Essa média é aceitável pedagogicamente. Nós tínhamos muitas salas com seis alunos, com 15 alunos. Isso nós não queremos, porque isso é mau uso do dinheiro público”, afirmou.
Sobre o excesso de alunos nas escolas, ela disse que é preciso rever e conferir as listas. “A sala tem que ter 40 alunos. Se tiver mais, tem que colocar em outro turno ou outra escola. Nesses casos [com número superior], nossos supervisores tem que ir para a escola olhar e decidir cada caso”, afirmou.
Fonte:http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/02/professores-de-sp-denunciam-superlotacao-em-escolas-estaduais.html
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