segunda-feira, 20 de abril de 2015

Governo realiza uma audiência com entidades da educação que não estão em greve e ignora movimento que cresce a cada dia.


Professores - SP
Audiência com entidades fura-greve e patronais
Governador se reuniu no dia 14 de abril com várias entidades patronais e entreguistas da educação para não apresentar proposta de negociação aos professores em greve
Nesta terça-feira, dia 14 de abril de 2015, o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e o Secretário da Educação, Herman Voorwald, se reuniram com diversas entidades (patronais e entreguistas) em uma audiência para supostamente tratar de “política salarial”. As entidades atendidas (APASE, APAMPESP, UDEMO e CPP) não tem representatividade diante a categoria que entende que a Apeoesp (sindicato oficial dos professores do Estado) é o único órgão a quem compete negociar com o governo em nome da categoria, ainda assim, com a presença de professores da base. Essas entidades têm um histórico de traição ao movimento, em várias campanhas salariais não unificaram com os professores, e quando o fez, abandonaram a mobilização assim que o governo apresentou propostas para rachar o movimento, atendendo somente aos interesses dos diretores e supervisores de ensino.
Nesta campanha salarial, enquanto o governo decreta reajuste zero para os professores, concede um reajuste de até 98% nas gratificações de diretores e supervisores. Por isso, enquanto os educadores paulistas estão em greve desde o dia 13 de março e nesse momento ocupam a Assembleia Legislativa de São Paulo, essas entidades patronais são cordialmente convidadas pelo governador tucano para uma audiência.
Realizar uma audiência com entidades que não estão em greve, e não receber a Apeoesp, que no último dia 10 de abril, realizou  assembleia e ato em frente ao Palácio dos Bandeirantes, demonstra, um desrespeito aos professores em greve desde o dia 13 de março e um ataque  ao sindicado, o  que também é  a política típica da direita golpista e pró-imperialista que visa tirar a legitimidade das organizações dos trabalhadores para que a luta dos mesmos se enfraqueça.
Essa afronta, por outro lado, demonstra o quão defensivo e intimidado está esse governo diante a combativa greve da categoria, que recorre a esse expediente para não apresentar nada de concreto e manter o seu discurso falacioso de que haveria uma política de recuperação salarial. E como bons capachos que são,  em agradecimento ao reajuste que somente os chefes receberam, essas entidades, apresentam como positivo o encontro: “Na nossa avaliação, a reunião foi positiva, porque a política salarial está mantida e garantida – o que é muito importante, para a categoria e para a educação” (UDEMO)
O governo do Estado deve abrir, imediatamente, negociação com os professores através do único sindicato da categoria: a Apeoesp.
Intensificar o cerco ao governo, com as mobilizações de estradas e avenidas, como na última semana, e ocupação de prédios públicos como os professores fizeram neste último dia 15, na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Exigir a abertura imediata de negociações e o atendimento das reivindicações da categoria. Política de recuperação salarial é o governo atender a reivindicação da categoria de reajuste de 75%, que nada mais é que o índice necessário para a equiparação salarial dos professores com a média salarial das demais categorias de nível superior.
Os professores lutam pela reabertura das 3.300 salas de aula fechadas e Readmissão dos 21 mil professores demitidos, reposição salarial de 75,5%; pelo fim da “quarentena”, da “duzentena” e de todo o regime de escravidão contra os professores “O”; pela redução da Jornada Já: que o governo cumpra a lei do piso, 1/3 da jornada em atividades extraclasse.

Fonte : http://www.pco.org.br/movimento-operario/audiencia-com-entidades-fura-greve-e-patronais/apea,a.html

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