2º VICE-PRESIDENTE DO CPP TECE CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DA NOVA JORNADA DOS PROFESSORES
O quadro "Por Dentro do Assunto", exibido pela TV WEB da entidade, com o professor Silvio dos Santos Martins, 2º vice-presidente, tece considerações a respeito da nova jornada dos professores.
O processo de atribuição de classes e aulas sempre foi desgastante e, por um motivo ou outro, trazendo preocupações para os integram a sofrida classe do magistério.
Todo ano, infelizmente, é assim. Mas este processo que, normalmente, deveria evoluir, se aperfeiçoar ao longo do tempo, a cada ano que passa mais problemas apresenta, demonstrando que pouco se aprendeu nos últimos tempos.
O processo começou a fazer água com a infeliz LC 1093-2009, que complicou sobremaneira a vida dos ocupantes de função atividade. Lei Draconiana, verdadeiro caos na vida daqueles que começam a dar os seus primeiros passos na lida docente. Oportunamente, faremos uma análise aprofundada dessa legislação, nascida de uma mente, até certo ponto, sádica e que está completamente afastada da realidade educacional do Estado de São Paulo.
O que aconteceu com a atribuição de classes e aulas neste ano de 2012 ultrapassou todas as piores expectativas, frustrando os integrantes do quadro do magistério estadual. As entidades representativas do magistério foram convidadas a comparecer à Secretaria da Educação às 17 horas do dia 19 de Janeiro, quando, pura e simplesmente, foram comunicadas da composição da nova jornada de trabalho dos professores, jornada que não atendia, em absoluto, as expectativas de todos os professores do Estado.
A chamada Lei do Piso tinha como um dos seus principais objetivos aumentar as atividades extra classe, permitindo ao professor mais tempo para preparar suas aulas, participando também das horas de trabalho pedagógico coletivo. Temos que lembrar que essa Lei é de 2008, ou seja, a Secretaria da Educação teve tempo de sobra para se preparar a fim de atender o que ela preceitua, e não como aconteceu - às vésperas de uma atribuição - publicar uma resolução baseada em cálculos matemáticos que não convenceram ninguém.
Mais uma vez, vamos começar um ano letivo com o professorado descontente, desanimado, pois não consegue enxergar atitudes claras oriundas da Casa Caetano de Campos.
A Secretaria da Educação mostrou um preparo muito interessante, manipulando, de maneira exemplar, os números, mas, ao mesmo tempo, mostrando que precisa, ainda, de muito preparo para conduzir um processo complicado como é o de atribuição de classes e aulas.
Exige, como aliás deve exigir, planejamento por parte dos professores, mas - como um exemplo a ser seguido – deve, também, aprender a planejar.
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